País

Francisco Assis recusa comentar "aparente secretismo" da condecoração de António Spínola

O deputado socialista afirmou que como não conhece “a natureza do processo” e por isso não quer pronunciar-me. António de Spínola foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa no ano passado, sem que a Presidência da República tivesse divulgado o facto.

Francisco Assis recusa comentar "aparente secretismo" da condecoração de António Spínola

O deputado socialista Francisco Assis considerou, esta quarta-feira, que as condecorações "devem ser, por definição, públicas", mas recusou-se a comentar o "aparente secretismo" da distinção de Marcelo Rebelo de Sousa ao antigo Presidente António de Spínola.

"Fiquei surpreendido na medida em que todos ficámos porque desconhecia inteiramente. Não conheço a natureza do processo e o porquê desse secretismo pelo que não queria neste momento estar a pronunciar-me. Compreendo a razão de ser desta condecoração. O que me parece é que as condecorações devem ser por definição públicas", disse Francisco Assis.

O socialista, que participou esta quarta-feira de manhã, no Porto, no Dia da Democracia, um evento organizado pela Câmara Municipal do Porto em parceria com a Academia SEDES, no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, recusou alongar-se sobre o tema, mas mostrou-se surpreso.

"A democracia convive muito mal com qualquer tipo de segredo. Mas como não conheço as razões para este aparente secretismo, não quero pronunciar-me", concluiu.

O primeiro Presidente da República depois do 25 de abril, António de Spínola, foi condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa no ano passado, sem que a Presidência da República tivesse divulgado o facto, noticia esta quarta-feira o jornal Público.

Segundo o jornal, a condecoração póstuma de António de Spínola com o Grande Colar da Ordem da Liberdade, a mais alta insígnia da Liberdade, foi feita a 5 de julho de 2023.