Programa do Governo vai (já) enfrentar dois testes mas Montenegro confia que é para "quatro anos e meio"
MIGUEL A. LOPES

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País

Programa do Governo vai (já) enfrentar dois testes mas Montenegro confia que é para "quatro anos e meio"

O programa do XXIV Governo Constitucional foi entregue esta quarta-feira na Assembleia da República, depois de aprovado em Conselho de Ministros. Irá agora ser alvo de discussão no Parlamento e já há duas moções de rejeição anunciadas.

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Programa do Governo vai (já) enfrentar dois testes mas Montenegro confia que é para "quatro anos e meio"

Carolina Botelho Pinto

Obrigada por nos ter acompanhado.

As 60 medidas dos outros partidos que o Governo (re)aproveitou

Todos contribuíram, mesmo sem saber, para o Programa do Governo entregue esta quarta-feira na Assembleia da República. O Executivo de Montenegro aproveitou 60 medidas dos programas eleitorais das outras forças políticas, com o PS a destacar-se.

O resumo de 185 páginas: o essencial do Programa do Governo

São 185 páginas que resumimos neste artigo. Aqui vai encontrar os pontos essenciais sobre o Programa de Governo apresentado esta quarta-feira.

Drones vão vigiar zonas de maior risco

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Lusa

O Governo quer utilizar drones e alargar a videovigilância nas zonas de maior risco.

É intenção do Executivo "rever as regras para a instalação de sistemas de videovigilância em zonas de risco, prevendo a expansão da rede CCTV [conjunto de câmaras colocadas em lugares estratégicos que captam e transmitem imagens para um sistema de gestão de vídeo] , a utilização de 'drones' e a utilização de sistemas de registo de imagem pelas forças de segurança, garantindo os direitos fundamentais dos cidadãos".

PCP diz que programa do Governo é “retrocesso” e agrava condições dos trabalhadores

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O PCP considera que o programa do novo Governo é “um retrocesso” e que vai agravar as condições de vida dos trabalhadores.

Os comunistas já tinham anunciado que vão apresentar uma moção de rejeição ao novo Executivo e, esta tarde, a líder parlamentar do PCP apontou aquilo que vê de errado no programa do Governo, que foi apresentado esta quarta-feira.

Em declarações aos jornalistas, na Assembleia da República, Paula Santos defendeu que o programa insiste na ”transferência de serviços públicos para o negócio dos grupos privados”, em áreas como a Saúde e a Habitação, e no “favorecimento dos grupos económicos”, visível na “redução do IRC para as grandes empresas”.

“A justiça social, o desenvolvimento e o progresso não são compatíveis com o programa de Governo que foi apresentado”, declarou Paula Santos. “Não tem soluções para os problemas dos trabalhadores e do povo e, por isso, conta com a oposição política do PCP.”

Fim do 2.º ciclo do ensino básico?

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Lusa

O Programa de Governo confirma a intenção de reestruturar os ciclos do ensino básico e de integrar os 1.º e 2º ciclos, uma proposta que já constava do programa eleitoral da Aliança Democrática.

O Governo pretende ainda olhar para os conteúdos do 1.º ao 12.º anos.

Desde a flexibilização das cargas letivas obrigatórias à inclusão de Inglês no 1.º ciclo, o Executivo tenciona desenvolver um "currículo centrado no conhecimento científico e cultural", prevendo também a introdução da coadjuvação na educação física no 1.º ciclo e o reforço do ensino experimental das ciências.

Os alunos podem também contar com mudanças na avaliação externa, com novas provas de aferição nos 4.º e 6.º anos a Português, Matemática e a uma terceira disciplina rotativa a cada três anos, em substituição das provas de aferição atualmente em vigor.

BE vai apresentar moção de rejeição ao Programa de Governo

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SIC Notícias

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Na reação às medidas do Programa de Governo, Mariana Mortágua informou que o Bloco de Esquerda irá apresentar uma moção de rejeição.

“É uma visão da economia e da sociedade que não podemos acompanhar”.

A coordenadora do BE critica a “imprecisão e indefinição” em matérias como salários e carreiras, que diz contrastarem com a “enorme precisão” em questões relacionadas com os “grandes patrões” e “elites financeiras”, diz.

No que classifica como um Programa “de Direita”, lamenta que os “grandes interesses” sejam beneficiados à mercê “de toda a gente que trabalha”.

“Não resolve os problemas da habitação, salários, saúde ou educação. Promove a transferência de riqueza de toda a gente que trabalha para uns poucos que já têm tanto e vão passar a ter mais."

Ventura considera Programa de Governo “vago”, mas elogia “pontos de aproximação” ao Chega

Presidente do Chega, André Ventura
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André Ventura esclareceu esta quarta-feira que o Chega votará contra a moção de rejeição do PCP, defendendo que não há alternativa "neste quadro parlamentar".

PAN acusa Governo de “aproveitamento” das ideias de outros partidos, em vez de diálogo

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A porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, acusa Luís Montenegro de um “aproveitamento” das medidas dos outros partidos, em vez de uma postura dialogante.

Em reação ao programa do novo Governo, conhecido esta quarta-feira, a líder do PAN sublinhou que o Executivo não tem “maioria absoluta” e, por isso, Luís Montenegro deve sentar-se à mesa e dialogar com partidos, em vez de incluir “apenas aquilo que bem entende” e dizer que acolheu as propostas de outras forças políticas.

"É um governo minoritário. Tem de haver uma maioria dialogante, o que não está a acontecer”, insistiu Inês Sousa Real, em declarações aos jornalistas, esta tarde, na Assembleia da República.