Foi um fim de semana perigoso em muitas praias que encheram, mas não tiveram vigilância. Dezenas de pessoas foram salvas quando estavam a afogar-se mas há três ainda desaparecidas.
Os nadadores salvadores criticam a falta de medidas de prevenção e educação dos banhistas que, dizem, permitiriam poupar vidas e milhares de euros em operações de busca e salvamento.
O calor pode ser de verão, mas o mar é de inverno. Uma simples caminhada junto à água é um perigo, quanto mais mergulhar. Mas é isso que vemos nas praias mal sobem as temperaturas.
Só este fim de semana, houve mais de uma centena de salvamentos. O balanço mais recente da Autoridade Marítima Nacional (AMN) informa que só neste último fim de semana, de 12 a 14 de abril, houve uma “grande afluência às praias portuguesas, registando-se, ao longo destes três dias, 249 salvamentos nas praias sob jurisdição da AMN”.
Na praia do Tamariz, no Estoril, seis pessoas foram resgatadas em situação de pré-afogamento.
Em Ílhavo, na Marinha Grande, e em Gaia há três pessoas desaparecidas, depois de terem entrado no mar.
A ondulação, as correntes fortes, os fundões e os agueiros são sinais de perigo, que a maior parte dos portugueses desconhece.
A Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores diz que falta apostar na educação para a segurança aquática e a AMN reforça os alertas “face à continuação de bom tempo, e tendo em conta que o mar, nesta época do ano”.
Eis as recomendações que deve ter em conta:
- vigiar permanentemente as crianças e não permitir que se afastem, mantendo-as sempre próximas de um adulto;
- evitar comportamentos de risco, não se aproximando da água ou caminhar na areia molhada;
- não virar as costas ao mar e oferecer sempre uma distância de segurança em relação à linha de água, evitando ser surpreendido por uma onda;
- caso testemunhe uma situação de perigo dentro de água, não entre e peça ajuda através do 112.