A GNR apreendeu várias centenas de quilos de amêijoa japonesa ilegal em Alcochete, no distrito de Setúbal. Um homem foi identificado e alvo de uma contraordenação.
Esta sexta-feira, foram apreendidos pela GNR, durante uma operação de segurança rodoviária, 800 quilos de amêijoa japonesa. Esta é uma ínfima parte das 20 a 30 toneladas que todos os dias são retiradas do Tejo.
Um homem foi identificado por transporte ilegal deste bivalve, visto como um perigo para a saúde pública. Não tinha qualquer documento de registo e preparava-se para o comercializar.
Polícia desmantelou maior rede de exportação
Há 15 dias, a Polícia Marítima desmantelou em Portugal a maior rede de exportação de amêijoa, mas o negócio permanece em franco desenvolvimento, com outros riscos associados. Só no último mês três mariscadores perderam a vida.
Há duas décadas que esta espécie invasora, com elevados níveis de toxinas, alterou a vida local. O desemprego e a procura de um negócio milionário, à custa das 10.000 toneladas de amêijoa que todos os anos são retiradas do rio, preenchem cada vez mais o horizonte desta reserva natural do estuário do Tejo
Diariamente, várias pessoas são vistas a apanhar amêijoas no Tejo, sobretudo na zona do Montijo, como se fosse uma atividade legal, que não é.
Imprópria para consumo, sem tratamento, a amêijoa japonesa é o ganha-pão de milhares de imigrantes em situação de pobreza extrema. Vendem-na a dois euros, no máximo a quatro o quilo, e as operações de fiscalização das autoridades já não são suficientes para pôr termo ao negócio.