Marcelo Rebelo de Sousa considera que as declarações proferidas na noite desta terça-feira num jantar com jornalistas internacionais, em que disse que Luís Montenegro tem “comportamentos rurais” e que António Costa era “lento” por ser oriental, foram explicativas para os profissionais da imprensa estrangeira.
“[Declarações] foram muito explicativas para jornalistas estrangeiros que não perceberem, por um lado, que há uma continuidade na área política onde se insere o primeiro-ministro", referiu em declarações aos jornalista esta tarde.
O Presidente da República explicou ainda que o PSD tem “base rural urbana”, ao contrário de outros partidos, e que o primeiro-ministro tem essas raízes. Relativamente à lista apresentada pela Aliança Democrática para as eleições europeias, Marcelo não usou o termo “improvisação”, que tinha utilizado ontem com os jornalistas, substituindo por “inesperado efeito surpresa”.
“Não se pode subestimar a sua capacidade de imaginação e de criatividade e, portanto, é um estilo diferente do estilo do primeiro-ministro anterior”, indicou.
O jantar com a imprensa brasileira ficou ainda marcado pelo momento em que Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que preferia António Costa como o primeiro-ministro até 2026. Esta quarta-feira, não negou, e até sublinhou:
“Só houve dissolução porque houve demissão. Se o primeiro-ministro não tem saído do cargo e de líder do PS, não teria havido”, esclareceu.