País

Impostos à EDP pela venda das barragens prestes a prescrever. Irá o novo Governo atuar?

O Movimento Cívico Terra de Miranda acaba de apelar ao novo Governo que liquide os impostos devidos pelo negócio da venda das barragens do Douro que, no total, podem atingir 400 milhões de euros.A situação arrasta-se há mais de três anos com o risco de prescrição.

Loading...

Já passaram quase três anos e meio sobre o negócio milionário que rendeu 2 mil e 200 milhões de euros à EDP pela venda das seis barragens do Douro, mas o Estado ainda não cobrou qualquer imposto.

Para não deixar cair o assunto no esquecimento, o Movimento Terra de Miranda apela ao novo Governo que liquide os impostos devidos que, no total, podem chegar aos 400 milhões de euros.

Quando estava na oposição, o PSD foi um dos partidos que mais pressionou o Governo do PS para liquidar os impostos das barragens. Em dezembro do ano passado, o então líder parlamentar social democrata, Adão Silva, deixou o repto à nova direção do partido para que demitisse a Diretora da Autoridade Tributária por nada ter feito para cobrar os impostos:

Além de pedir ao novo Governo a liquidação imediata dos impostos, o Movimento Terra de Miranda solicita ainda a realização de uma auditoria ao desempenho da administração pública nesta matéria.

As autarquias são as destinatárias dos impostos das barragens. Perante a alegada inação das entidades públicas envolvidas em todo o processo, a Câmara de Miranda do Douro apresentou, no início deste ano, uma queixa-crime Procuradoria-Geral da República.

O assunto é urgente, uma vez a cobrança dos impostos prescreve ao fim de 4 anos. Entretanto decorre, há três anos, no Ministério Público uma investigação ao negócio de venda das barragens por suspeita de fraude fiscal.