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Funcionários judiciais ameaçam intensificar protestos

O Sindicato dos Funcionários Judiciais ameaça intensificar as formas de protesto durante as campanhas eleitorais, caso o ministério da justiça não apresente uma proposta que responda às reivindicações do setor.

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Há mais de um ano, que o Sindicato dos Funcionários Judiciais tem em vigor duas greves: uma às horas extraordinárias, outra durante o período da manhã, com três dias com serviços mínimos garantidos.

Agora fala de protestos que promete ser inovadores, se o Governo não for ao encontro das reivindicações do setor.

"Tudo aquilo que impactar na justiça desde a manifestação, vigílias, desde manifestações, arruadas, greves, vamos socorrer-nos de tudo o que seja possível para perceberem a nossa importância e fazermo-nos ouvir", garantiu Regina Soares membro do Sindicato de Funcionários Judiciais.

Os funcionários judiciais recebem atualmente um suplemento que visa valorizar a carreira, 11 vezes por ano, mas querem passar a recebê-lo durante 14 meses e que seja integrado no salário. Além disso, pedem ainda o pagamento do trabalho suplementar.

"Nós não podemos ter uma justiça, onde dentro da justiça haja escravatura e onde as pessoas não sejam valorizadas. Aquilo que o Estado obriga os privados, e bem, a dar condições aos seus trabalhadores, ele próprio não está a fazer quando nos põe a trabalhar de graça; quando nos dá um suplemento, que os suplementos não podem ser de 11 meses e está a fazer-nos isto há 25 anos", disse.

No último encontro, Rita Júdice terá apresentado uma proposta a que estes funcionários chamam de indigna e que contrasta com os projetos lei apresentado quando o PSD era oposição.

"O próprio PSD fez propostas na Assembleia da República para integração imediata do suplemento dos oficiais de justiça, para o regime de aposentação diferenciado e para pagamento imediato de horas suplementares. Por isso não percebemos o que se passou em meio ano, para depois de ter proposto isto, dizer que isto não é valido", acrescentou Regina Soares.

Os sindicatos reúnem-se com a ministra da Justiça na sexta-feira, dia 17 de maio, é o terceiro encontro entre o setor e Rita Júdice.