Sem "medo" do Chega, Montenegro vinca que "compromisso assumido é para ser cumprido"
MIGUEL A. LOPES

Terminado

País

Sem "medo" do Chega, Montenegro vinca que "compromisso assumido é para ser cumprido"

Novo aeroporto, habitação, IRS, polícias, e exonerações foram os temas que marcaram a estreia de Luís Montenegro nos debates quinzenais. Destaque também para a troca de palavras com a bancada do Chega. O primeiro-ministro acusou Ventura de ser “imaturo” e o partido que lidera de fazer “birra” no Parlamento com as propostas do Governo. Reveja as intervenções das bancadas e os momentos mais quentes do 1.º debate de Montenegro.

Todo o direto

Tensão entre Montenegro e Chega marca debate

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Ana Lemos

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Governo abandona o Hemiciclo

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"Compromisso assumido é para cumprir: não é não"

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Ana Lemos

A fechar, Luís Montenegro dirigiu-se à bancada do Chega, garantindo desde logo que não “tem medo”, para vincar que compromisso assumido é para cumprir", aconselhando a que ponham de lado a “birra do não é não” e optei pelo “sim ao país e às pessoas".

O primeiro-ministro acusou depois o Chega de fazer "uma birra que corresponde à expressão da imaturidade política" que atribuiu a este partido.

"Uma coisa é não termos uma aliança de Governo, outra coisa é dizer sim à representação dos eleitores. À boleia da vossa birra do 'não é não', os senhores deputados não conseguem dizer sim ao interesse nacional, ao interesse das pessoas e isso transportou-vos para um reduto absurdo do ponto de vista político. Os senhores deputados só estavam mesmo preocupados com as cadeiras, com os tachos deste lado?", questionou, recebendo um aplauso de pé dos deputados do PSD e do CDS-PP.

O primeiro-ministro deixou, depois, uma proposta de "trabalho de casa para os próximos meses" à bancada do Chega.

"Tenham ocasião de refletir sobre a necessidade de conformarem a representação que vos foi confiada com as vossas atitudes políticas. Das duas uma: ou os senhores, apesar de não gostarem do meu compromisso do 'não é não', conseguem dizer sim ao país, ou então estão hoje objetivamente mais próximos do pensamento e das propostas do PS do que das propostas deste Governo", disse.

Hugo Soares e a "decisão à pressinha" de Pedro Nuno Santos

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Ana Lemos

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A fechar a primeira ronda de debate, o líder parlamentar do PSD pôs parte a bancada laranja a rir à gargalhada. Piada foi o que não achou a bancada do PS, em particular o secretário-geral Pedro Nuno Santos, um dos principais visados no discurso de Hugo Soares.

"Sem ambiente não há solução"

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Ana Lemos

"O senhor primeiro-ministro vangloriou-se desta opção [Alcochete] , mas esquece-se que o clima mudou e os partidos políticos também têm de mudar e as governanças também", defendeu.

Para a porta-voz do PAN, "não é aceitável que uma decisão desta magnitude tenha por base uma opção que tem não só pareceres que já estão ultrapassados", mas que, do ponto de vista económico, também não é "a mais viável".

"Estamos a falar de mil euros por cada cidadão português se não houver derrapagens", advertiu, questionando de seguida se o primeiro-ministro "está disponível para que o ambiente faça parte da equação de qualquer solução aeroportuária".

"É que, sem ambiente, não há solução viável", sustentou.

Na resposta, Luís Montenegro assegurou que o Governo está disponível para "acautelar todos os valores ambientais e poder mitigar os efeitos que investimentos desta envergadura trazem aos ecossistemas, à biodiversidade e a todos os impactos de toda a natureza".

Mas, "se levar até ao limite os argumentos que aqui apresentou, a conclusão é que o que a senhora deputada deseja é que não haja aviões, que não haja transporte aéreo e que não haja aeroporto", afirmou.

Montenegro responde com números de Costa

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SIC Notícias

Luís Montenegro, primeiro-ministro
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Sorrindo e dizendo que “a montanha partiu um rato”, Luís Montenegro respondeu com números do Governo de António Costa em 2016 à intervenção de Isabel Mendes Lopes.

Disse o primeiro-ministro que fez “273 demissões em três meses”, “28 nomeações em 15 dias, sustentando que este executivo tem ”quatro" saídas - designadamente na direção do SNS e na provedoria da Santa Casa -, em pouco mais de um mês.

“Quatro demissões agora são resmas, resmas. [Mas] claro que vão continuar a acontecer, obviamente com a mudança de Governo há muitos dirigentes da Administração Pública que tomam a iniciativa”

“Não vamos fazer nenhuma purga na AP, mas vamos fazer as mudanças necessárias para que as políticas do Governo possam ser bem executadas e se possam repercutir no aumento de qualidade de vida dos portugueses, isso nós vamos fazer”

Um mês de "muitas demissões e poucas soluções"

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Defendendo que “o país não precisa de instabilidade” e tendo em conta que em pouco mais de um mês só apresentou “duas propostas de lei, uma delas o IRS, que baixou à comissão sem votação”, a líder do grupo parlamentar do Livre acusou o Governo de adotar um comportamento arrogante.

Trata-se de "um Governo de minoria aboluta que se comporta com toda a arrogância" com “muitas demissões e exonerações, e poucas soluções”.

A questão que se coloca é se: "Prevê mais demissões nos próximos tempos ou se vamos dialogar para construir soluções que de facto o país precisa".

"Governo tem sido rápido nas exonerações" mas...

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Paulo Raimundo do PCP acusou o Governo de “querer e o mais depressa possível levar por diante o seu programa que se encontra ao serviço dos grandes grupos económicos”.

Dando como exemplo, “o drama habitação, os baixos salários, “mesmo o novo aeroporto”, tendo em conta que o que “foi anunciado não pode traduzir-se em mais milhares de milhões de lucros, é mesmo para avançar, para retirar o aeroporto da cidade, para avançar para a terceira travessia e com a alta velocidade”.

Mas, prosseguiu o deputado comunista, “tudo para o Governo serve para o negócio de uns poucos e falta aos compromissos assumimos com vários setores da Administração Pública”.

O Governo tem sido rápido nas exonerações e compormissos com grupos económicos, mas não é assim com os problemas que a maioria enfrenta. No programa para a habitação não há uma medida que trave o aumento das rendas e nem um cêntimo dos lucros da Banca a suportar o aumento das taxas de juro".

“Qual o contributo da Banca e dos fundos imobiliários para o problema da habitação?”

Aeroporto e habitação regressam ao debate pela mão do Bloco de Esquerda

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SIC Notícias

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“Ontem deu a boa notícia mas não diz que contrapartidas vai negociar, o que nos diz não nos deixa descansados”, apontou a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua.

Outro tem que “não nos dá descanso é relativamente à habitação”.

“A ideia que dá o power point [do Construir Portugal] é Alojamento Local (AL) e empreendimentos de luxo no centro das cidades, com as classes médias na periferia mas com bons transportes para virem para o centro”

"Como é que transformamos esta país, que reformas vamos fazer?"

Sem "medo" do Chega, Montenegro vinca que "compromisso assumido é para ser cumprido"

SIC Notícias

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O íder da Iniciativa Liberal (IL) lamentou o tom do debate sobre o alívio “muito diminuto” que consta da proposta do Governo para o IRS. “Parece que quem consegue um pouco mais na vida” deve ser penalizado por isso.

“Acredito numa sociedade que se desenvolve pelo esforço, trabalho e, obviamente, quem o faz deve ter uma compensação justa por esse esforço que fez”, disse, criticando o que considerou ser uma “união da bancada do Chega, à Esquerda, de que quem ganhe hoje menos nunca na vida poderá ganhar mais”.

Ideia a que a IL se opõe. “Quem quer subir pelo seu trabalho tem direito, estamos a falar de todos, dos que já ganham um pouco mais e dos que não ganhando desejam a ganhar mais”.

A questão, por isso, que se coloca “é como é que transformamos esta país, que reformas vamos fazer neste país para que esse alívio que é muito diminuto, que não muda a vida a ninguem, possa no futuro trazer notícias diferentes.”