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"Não haverá qualquer programa": Paulo Rangel garante que Governo não vai avançar com reparação às ex-colónias

O tema de uma possível indemnização de ex-colónias surgiu após Marcelo Rebelo de Sousa o ter mencionado a jornalistas estrangeiros durante um jantar dias antes do 25 de Abril.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, garantiu esta quarta-feira que o Governo não vai avançar com programas de reparação às ex-colónias, mas sim pedidos de desculpas.

Além disso, anunciou ainda que está a “desenvolver esforços” para que haja cursos de tétum e crioulo nas faculdades de letras das universidades portuguesas.

“Nunca é demais lembrar que o novo Governo se pauta nesta matéria pela mesma linha dos governos anteriores. Não haverá, pois, qualquer processo ou programa de ações específicas com o propósito de reparar outros Estados com passado colonial português”, disse Paulo Rangel durante a sessão plenária num debate de urgência - pedido pelo Chega - sobre a reparação histórica das ex-colónias. “A verdade histórica exige que não falemos de ex-províncias ultramarinas mas de ex-colónias”, garantiu.

Durante as suas declarações no debate, de urgência, no Parlamento convocado pelo Chega, Paulo Rangel vincou que “Portugal não tem medo da sua história e, por isso, lutará sempre pela isenção, pela imparcialidade, pela verdade histórica” e que irá avançar com pedidos de desculpas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros reforçou ainda que Portugal respeita a independência dos Estados que foram colónias portuguesas, e sublinhou que existe uma relação de igualdade.

O tema de uma possível indemnização de ex-colónias surgiu após Marcelo Rebelo de Sousa o ter mencionado a jornalistas estrangeiros durante um jantar dias antes do 25 de Abril.