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Novo aeroporto: Marcelo "feliz" com anúncio e com "raro acordo entre os maiores partidos portugueses"

O Presidente da República está feliz com o arranque do processo do novo aeroporto de Lisboa que, recordou, começou há mais de 50 anos, e espera ainda poder vê-lo e utilizá-lo. Quanto ao cancelamento da visita do homólogo ucraniano, Marcelo diz ter ficado "preocupado" e explicou porquê.

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À margem de um evento em Lisboa, o Presidente Marcelo falou aos jornalistas sobre o anúncio do momento: a decisão sobre a localização do novo aeroporto. O Governo anunciou que será em Alcochete e, prontamente, o secretário-geral do PS veio a público assegurar que apoia a decisão do Executivo de Montenegro. Já o chefe de Estado saúda esta convergência entre os dois maiores partidos.

“Já passaram mais de 50 anos sobre o arranque do processo. (…) Tem todas as condições para ter sucesso [sobretudo] com o acordo dos maiores partidos portugueses, e isso é tão raro, tão raro que devo registar e espero que se confirme” mas, sublinha desde já, “isso é promissor”.

Agora, prosseguiu, “que se confirmem as obras [na Portela] e que se confirme o arranque do novo aeroporto. Fala-se em 10 anos, o que espero é ainda poder ver e utilizar, como cidadão, o futuro aeroporto”.

Quanto ao comentário de José Sócrates, que disse que o novo Governo fez em 30 dias o que o anterior não foi capaz em oito anos, Marcelo recusou comentar.

Marcelo preocupado com a Ucrânia

No mesmo dia em que foi anunciada a tão esperada localização do novo aeroporto, o Presidente da Ucrânia cancelou a deslocação, prevista para os próximos dias, a Portugal. Questionado sobre este cancelamento, o chefe de Estado manifestou-se preocupado.

“Fiquei preocupado. (…) Ainda que não se possa falar em cancelamento porque a visita nunca foi confirmada, [para acontecer] exige condições de segurança no país que está em guerra. O que me preocupa é ter a certeza de que a evolução da guerra é positiva e não negativa, isso é que é importante”, sustentou Marcelo.

E tudo aponta para que seja uma evolução negativa. A justificação de Volodymyr Zelensky é a de que se intensificaram os ataques russos.

Esta seria a primeira visita do Presidente da Ucrânia a território português desde o início da guerra. Era esperado que Zelensky assinasse, em Espanha e Portugal, um acordo bilateral de segurança, com o objetivo de garantir apoio militar a Kiev a médio prazo.

Recorde-se que em setembro do ano passado chegou a estar prevista uma visita de Zelensky a Portugal, que também acabou por ser adiada.