Dezenas de estudantes e ativistas de movimentos da sociedade civil ocuparam, esta quinta-feira, a Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (Universidade do Porto), em solidariedade com o povo palestiniano e para exigir o corte de relações desta instituição com Israel.
De acordo com um comunicado a que a agência Lusa teve acesso, esta ocupação está a decorrer na Faculdade de Ciências, no departamento de Ciências de Computadores da Universidade do Porto.
Os manifestantes exigem que a Universidade do Porto "rompa imediatamente todos as relações que mantém com instituições e empresas israelitas e que condene oficialmente o atual genocídio na Palestina".
"Exigem ainda que a Universidade do Porto use a sua influência junto da Câmara Municipal do Porto e do Estado português para condenar as atrocidades cometidas pelo estado colonial de Israel e para romper as relações diplomáticas com o mesmo", pode ler-se no comunicado.
A ação faz parte da luta internacional de protesto estudantil que se iniciou nos campus norte-americanos e já se estendeu a universidades de várias cidades europeias, do Canadá, México e até Austrália, a exigir o fim da ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
"As estudantes, juventude e pessoas solidárias com a luta pela libertação da Palestina recusam-se a testemunhar passivamente a expressão mais violenta deste século no que diz respeito às políticas imperialistas que lucram com a distribuição da morte, opressão e pobreza", referem ainda os organizadores do protesto, no comunicado.
Esta ação decorre no seguimento de uma carta aberta enviada ao reitor da Universidade do Porto e de uma assentada realizada em 08 de maio em frente ao edifício da reitoria da Universidade do Porto, frisaram ainda.
Os manifestantes garantiram também que vão continuar as ações "até que as exigências dos estudantes sejam acatadas".