A violação de uma mulher de 26 anos a 5 de maio travou o ciclo de terror. Em 10 dias, a Polícia Judiciária (PJ) da Guarda conseguiu identificar e deter o agressor que já foi condenado por crimes idênticos e que desde setembro gozava de liberdade condicional.
"Essa vitima foi transportada para dois locais distintos onde foi sucessivamente abusada do ponto de vista sexual, com atos que reputamos, de extrema gravidade", revela o coordenador da PJ da Guarda, José Monteiro.
A investigação identificou mais dois casos: uma jovem de 16 anos e outra de 40 com quem o suspeito mantinha uma relação amorosa irregular.
"Apesar de serem vitimas entre os 16 e os 40 anos, constata-se que todas elas tinham uma condição física frágil, ou seja, é revelador, também, de uma certa cobardia e de uma manifesta superioridade de força e de controlo deste individuo em relação às vítimas", refere o coordenador da PJ da Guarda.
O alarme estava instalado a julgar pela prevalência de comentários e alertas nas redes sociais, mas só agora se soube a identidade do homem da carrinha branca. Trata-se de um indivíduo de 36 anos, mecânico, residente na zona do Fundão que já conhecia o meio prisional.
"Deixo aqui uma sensibilização especial a eventuais vítimas que possam existir e agora, em virtude desta detenção, possam sentir-se mais confiantes ou confortáveis para denunciar", apelou José Monteiro.
O arguido foi detido esta quarta-feira e deve ser sujeito a primeiro interrogatório judicial nas próximas horas, em princípio no tribunal da Covilhã.