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Reunião entre Governo e oficiais de justiça acaba sem acordo

O Governo propôs um aumento, mas não foi suficiente. O sindicato que representa os oficiais de justiça ressalva, contudo, que há espaço para continuar com as negociações.

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Terminou sem acordo a reunião entre a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, e os oficiais de justiça. O Governo propôs um aumento de 12,5% no suplemento de recuperação processual, mas o valor fica aquém daquele que foi pedido pelo sindicato. Os profissionais decidiram, por isso, manter as paralisações previstas.

“Não houve acordo”, declarou Carlos Almeida, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça, em declarações aos jornalistas, à saída da reunião no Ministério da Justiça.

"A proposta que a senhora ministra da Justiça nos apresentou é melhor do que aquela que tinha feito inicialmente, ainda assim fica muito aquém daquilo que eram e são as expectativas dos oficiais de justiça", justificou o sindicalista.

Carlos Almeida sublinha que a tutela tem de “robustecer” o valor. "Passar aquilo que temos em 12 meses para 14 meses", propõe.

“Estão criadas as condições para que o Governo nos apresente uma proposta melhor, na próxima reunião”, ressalvou o sindicalista, sem avançar, contudo, com o cancelamento das paralisações agendadas.

“Vamos manter a greve e aguardar a próxima reunião”, declarou.

O Ministério da Justiça apresentou, esta sexta-feira, uma nova proposta aos sindicatos que passava por pagar a 12 meses o suplemento de recuperação processual de 12,5% sobre o salário base. A proposta anterior era de 11,66%.

De acordo com o Governo, estaria em causa, para os oficiais de justiça no escalão mais baixo, "um aumento no rendimento de 449 euros", e de “1.194 euros” para os profissionais no escalão mais alto.