O primeiro-ministro, Luís Montenegro, participou esta quarta-feira na reunião da Comissão Permanente de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca, em Faro. Após o encontro foi anunciado que seriam aliviadas as restrições ao consumo de água no Algarve em todos os setores, ao mesmo tempo que anunciou um novo Plano Nacional da Água.
O consumo autorizado passa para os 20 hectómetros cúbicos (20 hm3) até ao final do ano, o que se traduz em mais de um mês de consumo total na região. De acordo com um comunicado de imprensa enviado pelo Ministério do Ambiente e Energia haverá aumentos no setores Urbanos (2,65 hm3) e no Turismo (4,17 hm3). Quanto ao setor da Agricultura vai registar o maior aumento (13,14 hm3).
Sob o lema "Água que une", o primeiro-ministro anunciou uma "iniciativa interministerial" para combater a seca na região do Algarve e comprometeu-se ainda a reavaliar, com urgência, as medidas adotadas pelo anterior Executivo.
A estratégia será apresentada até ao final deste ano e inclui um novo Plano Nacional da Água (PNA 2025). O financiamento será garantido através do PT2030, o PRR e o Fundo Ambiental.
Trata-se de um investimento de 366 milhões de euros, dos quais 103 milhões serão destinados à eficiência hídrica no Algarve.
"Além de todos aqueles que já estão hoje previstos no âmbito do PRR e no âmbito de outros investimentos que são financiados, nomeadamente, pelo Fundo Ambiental, o Governo decidiu um reforço de novos investimentos no montante de 103 milhões de euros, destinados à região do Algarve", disse Luís Montenegro.
O Governo defende ainda que estas medidas "salvaguardam o abastecimento público no Algarve" para o próximo ano. Numa altura em que a seca representa um dos maiores problemas que o país enfrenta, as prioridades do novo Governo consistem na "poupança, combate ao desperdício e a reutilização".
Na mesma reunião estiveram presentes outros membros do Governo, nomeadamente a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, o Ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, o Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, o Secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro, e o Secretário de Estado do Turismo.
Com Lusa