Já passava das 08:00 horas e os comerciantes do mercado de Santiago, em Aveiro, ainda estavam na rua. As portas do edifício deviam ter aberto às sete, para os vendedores começarem a preparar as bancas.
"São nove horas da manhã. Ora, se é às sete que abre, já lá vão duas horas. Tenho ali quatro sacos de gelo que vieram às sete horas e daqui a um bocado nem dois tenho", conta Maria Beatriz Travesso que é comerciante no mercado de Santiago.
De braços cruzados, à espera, estavam mais de duas dezenas de vendedores. Queixam-se dos prejuízos e dizem que não é a primeira vez que acontece.
"Isto já não está fácil, as vendas estão péssimas, e com estes acontecimentos, que já não é a primeira vez que acontecem, mais difícil se torna. Muitos clientes já foram embora. É chato chegar aqui e isto estar fechado", explica Marília Marques.
Os portões foram abertos já perto das 09:00 horas, perante mais queixas ruidosas dos comerciantes.
Contactada pela SIC, a Câmara de Aveiro explica que a empresa de segurança em causa só presta serviços ao município há 3 meses. Acrescenta que o atraso na abertura do mercado aconteceu apenas duas vezes, devido a falhas na gestão da escala dos seguranças do mercado, por responsabilidade da empresa prestadora de serviços.
A autarquia garante ainda que está a fazer diligências para que o problema não se repita.