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Entrevista SIC Notícias

"Criámos aqui uma expectativa", assume a ASPP após acordo com os professores

Apesar de algum otimismo, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia garante que, caso um acordo não seja alcançado, tem "uma perspetiva de luta, de reivindicação, de protesto para fazer a tal pressão, para que o Governo possa perceber as mensagens."

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Os polícias e os militares da GNR regressam esta quinta-feira às negociações com o Governo. O Executivo irá apresentar uma terceira proposta. À semelhança do que aconteceu com os professores, o presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) espera chegar a um acordo com o Governo para o suplemento de missão. Paulo Santos garante, no entanto, que não irão baixar os braços caso não seja alcançado um entendimento.

"Da parte da ASPP, temos uma perspetiva muito responsável e muito séria de abordar estes assuntos. Continuo a achar que o papel dos sindicatos é junto do Governo fazer tudo o que está ao nosso alcance para permitir uma valorização dos profissionais, sob pena de estarmos aqui a não ser um contributo para a resolução do problema.

Mas obviamente, um sindicato e uma associação também têm uma perspetiva de luta, de reivindicação, de protesto para fazer a tal pressão, para que o Governo possa perceber as mensagens que temos deixado", sublinha Paulo Santos.

No entender do presidente da ASPP, o dia de hoje é importante para dar aqui um passo decisivo no que diz respeito ao subsídio de missão e também “abrir portas para que outras questões que estão colocadas sejam também resolvidas”.

Paulo Santos admite também que as expectativas aumentaram depois dos resultados obtidos pelos professores nas negociações com o Governo.

“De facto, se fizermos uma comparação com o processo negocial que o Governo encetou com os professores e a sua conclusão não querendo estar a imiscuir naquilo que foi o processo concreto dos professores, mas a verdade é que criámos aqui uma expectativa ou mais uma expectativa de que também os problemas que estão associados às forças de segurança, no caso concreto do PS PNR, possam também hoje ter essa resposta por parte do Governo.”

“Estamos com essa expectativa porque está na posse do Governo (…) Já foram feitas duas ou três tentativas com propostas muito abaixo daquilo que nós abordávamos e obviamente esperamos que o Governo hoje possa compreender aquilo que andamos a dizer há muito tempo e possa compreender aquilo que é o estado de desmotivação que abrange os profissionais das forças de segurança”, destaca o presidente da ASPE, em entrevista na SIC Notícias.