A Quinta Nova, localizada no Douro, acaba de lançar novas ofertas em enoturismo. Há também um novo espaço que permitirá aos hóspedes do hotel acederem a experiências de excelência. A adega renovada oferece aos turistas a oportunidade de conhecerem em maior detalhe o processo de produção do vinho.
Luísa Amorim, CEO da Quinta Nova, diz que este foi o primeiro hotel dedicado ao vinho em Portugal. "Lembro-me de que, no início, passávamos dias sem ver um único turista. Era triste, mas sempre acreditamos que o Douro se tornaria uma grande região... e isso aconteceu."
Vinte e quatro anos depois, a Quinta Nova Nossa Senhora do Carmo representa uma aposta bem-sucedida para Luísa Amorim. A classificação do Douro pela UNESCO como Património Mundial, aliada à chegada da Ryanair, criou as condições ideais para que turistas de todo o mundo descobrissem a região.
A oferta de enoturismo da Quinta Nova continua a crescer. Agora, um novo espaço amplia ainda mais os horizontes para aqueles que desejam criar memórias únicas.
Desde que abriu as portas aos turistas, a histórica Quinta Nova tem funcionado com 11 quartos, mas Luísa Amorim planeia expandir para 18. O restaurante também está prestes a receber novidades. A CEO afirma que o projeto está, cada vez mais, ligado a movimento de slow food, comida local, de produtor e sazonal.
Por enquanto, o restaurante Terraçus apresenta um novo cardápio com pratos sazonais. A curiosidade dos turistas também pode ser saciada na adega da Quinta Nova, uma das mais antigas da região. A fachada foi mantida, mas o interior foi completamente renovado. As novas cubas de cimento, dispostas como se estivessem num socalco de vinhas, criam vinhos mais frescos.
"Hoje em dia, temos cubas muito menores e em maior número. Antigamente, a vindima durava 3 ou 4 semanas, mas agora tudo pode mudar em 3 dias. Se chover ou fizer muito calor, tudo se altera. A adega não pode comandar as uvas, são as uvas que devem comandar a adega. Se antes tínhamos 10 cubas, agora precisamos de, por exemplo, 15 cubas. As uvas são colhidas no dia e na hora certa", conta Luísa Amorim.
A Família Amorim definiu uma estratégia de investimento para a Quinta Nova, tendo em consideração as alterações climáticas. A adega está preparada para responder a vindimas cada vez mais imprevisíveis, produzindo vinhos menos marcados pela madeira.