Pedro Nuno Santos acusa o PS de não trazer nenhuma grande reforma, com o plano de emergência para a Saúde apresentado esta quinta-feira, classificando-o como “uma desilusão”. Para o secretário-geral do PS, aquilo que foi apresentado não passa de “um powerpoint” com medidas que já são aplicadas diariamente no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
“Nem eu nem nenhum português ouviu nenhum plano. Aquilo que foi apresentado foi um powerpoint com um conjunto de medidas que descrevem aquilo que já é o trabalho diário no SNS”, atirou Pedro Nuno Santos, esta quarta-feira, à margem de uma ação de campanha para as eleições europeias.
O líder socialista considera que não existe, no plano apresentado, qualquer “visão” de futuro.
“O powerpoint não nos inspira grande esperança numa grande mudança no SNS”, atirou, repetindo aquela que era uma crítica frequente feita pelos sociais-democratas, durante o anterior Governo PS – que o Executivo utilizava “powerpoints” como forma de propaganda, sem solucionar os problemas do país.
Para Pedro Nuno Santos, o atual Governo “está em campanha” e faz “Conselhos de Ministros de dois em dois dias” por isso mesmo.
“Não vamos fazer nenhuma festa por causa de um powerpoint que não traz nada de extraordinário”, afirma. “Foi até uma desilusão.”
O líder socialista considera que este Executivo está “em combate” com o anterior, “mesmo que se aproprie de alguma das suas medidas”, e que, naquilo que apresenta de novo, “até preocupa”.
“É um Governo que quer governar para uma minoria da população e não para a maioria.”
Apoio à Ucrânia aproveita decisão do anterior Governo
Pedro Nuno Santos atira também críticas ao anúncio de um apoio militar à Ucrânia de 126 milhões de euros, feito esta terça-feira, pelo Governo de Luís Montenegro.
O secretário-geral do PS afirma que, dos 126 milhões anunciados, 100 milhões haviam sido já decididos pelo anterior executivo PS.
“Só precisava de dizer que reforça em 26 milhões o apoio de 100 milhões decidido pelo governo anterior!”, reclama Pedro Nuno Santos, que admite, contudo, que houve um “contacto” prévio com os socialistas, antes deste anúncio - “uma coisa muito genérica, nem foi comigo".
Para o líder do PS, contudo, o Governo do PSD está a exibir um “padrão” de comportamento.
“Preocupa-nos”, sublinha, defende que é preciso “clareza na vida política”.