O "número um" do Livre às europeias defendeu, este sábado, mais investimento na Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) para resolver a situação de milhares de imigrantes e não regras mais apertadas, que considera contraprodutivas.
Franscico Paupério voltou a um sítio que tão bem conhece, mas nem todos sabem quem é este filho da terra. Pela primeira vez em seis dias, o cabeça-de-lista às eleições europeias contou com a presença de Rui Tavares.
De visita ao mercado municipal de Matosinhos, o cabeça de lista do Livre às eleições europeias comentou o Plano de Ação para as Migrações que vai ser apresentado na segunda-feira.
"O que o Livre pede é que este plano de emergência se foque na AIMA, no investimento na AIMA, para que possa solucionar estes 400 mil casos de pessoas que estão legais em Portugal, só não têm o documento", afirmou Francisco Paupério.
Ao contrário de outros candidatos, o caminho do cabeça de lista às europeias tem sido mais solitário. Ao fim de uma semana do Livre a percorrer o país, Rui Tavares juntou-se, finalmente, à campanha.
Os planos para a migração
Numa entrevista ao Diário de Notícias e TSF publicada este sábado, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, já adianta que o plano contempla uma estratégia para atrair quadros qualificados e um tratamento diferenciado para os lusófonos, mas também regras mais apertadas.
"Reduzir fronteiras ou fechar fronteiras não significa ter menos imigração, significa sim ter mais imigração ilegal. Isso é que é perigoso para a segurança de que tanto falam", argumentou Francisco Paupério.
Pelo Livre, que ao longo da campanha eleitoral tem sido bastante critico do novo pacto europeu em matéria de migração e asilo, o "número um" defendeu mais investimento na integração dos imigrantes, mas também no melhor funcionamento das instituições.
"Queremos fronteiras vigiadas, claro, mas burocraticamente estáveis e que funcionem. O problema é que temos fronteiras que não funcionam, temos institutos nacionais que não funcionam", justificou.
Quanto ao plano do Governo, disse esperar "que não seja fogo de vista e que tenha consequências concretas na vida destas pessoas, porque têm a vida em espera".
Com Lusa