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"Várias comunidades de imigrantes" envolvidas em rixa em Fátima que provocou um morto

Os desacatos em Fátima entre imigrantes rivais já não são os primeiros. No final do ano passado, houve também um esfaqueamento, mas sem causar vítimas mortais.

Ambulância do INEM
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Uma rixa entre dezenas de imigrantes provocou um morto, três feridos graves e um ligeiro, em Fátima, no último fim de semana.

O caso, que está a ser investigado pela Polícia Judiciária, já não é o primeiro entre a comunidade. No final do ano passado, houve também um esfaqueamento, mas sem causar vítimas mortais.

Os desacatos ocorreram por volta da 1 hora da madrugada de domingo. Imagens recolhidas por pessoas que assistiram a parte dos acontecimentos mostram dezenas de pessoas a correr, numa espécie de perseguição. Algumas parecem ter nas mãos objetos que podem ser paus ou ferros.

Os desacatos terminaram num espaço central próximo do posto da GNR e do quartel dos bombeiros, que estão em lados opostos da avenida, mas separados por escassas dezenas de metros.

Um dos feridos estava precisamente no passeio e foi encontrado por elementos da GNR. Os restantes estavam numa zona de mato próxima. Um deles que ainda foi assistido no local acabou por não sobreviver, tendo o óbito sido declarado quando estava na ambulância.

"Há vários comunidades de imigrantes que estão em Fátima de passagem e muitos bem integrados (...). Há dois ou três refúgios onde se concentram. Há uma grande comunidade de timorenses - e não digo que tenham sido só timorenses - que se encontram e há compatibilidade entre eles (...). Já não é a primeira vez", afirma Humberto Silva, presidente da junta de freguesia de Fátima.

A primeira vez que se registaram desacatos na comunidade de migrantes foi no final do ano passado, junto de uma das casas abrigo que ocupam.

A Polícia Judiciária que está a investigar o caso não terá feito ainda qualquer detenção, mas alguns dos intervenientes já foram identificados e inquiridos.

Os desacatos provocaram, para além do ferido ligeiro, que não foi transportado ao hospital, três feridos graves (levados para o hospital de Leiria) e uma vítima mortal.

Os serviços locais de assistência social fazem algum acompanhamento destes migrantes, mas o presidente da junta diz que as instituições nacionais que trabalham na área da inclusão deviam estar mais presentes.