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Mais de 46 mil professores pediram para mudar de escola, maioria quer ficar perto de casa

Os concursos internos permitem aos docentes mudar de estabelecimento de ensino. Mas os diretores escolares alertam que mudanças em massa podem perturbar a escolaridade dos alunos.

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Mais de 46 mil professores pediram para mudar de escola. A maioria pretende ficar mais próximo de casa. Os diretores escolares estão preocupados com eventuais perturbações na escolaridade dos alunos.

O concurso interno, agora anual, permite aos professores efetivos a mudança de escola. Este ano, foram mais de 46 mil os docentes a concorrer - um aumento de 37%, face ao concurso de 2022.

“Os professores concorrem, como primeiro critério, porque se querem aproximar da sua residência”, afirma Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.

O excessivo trabalho burocrático é outra das possíveis motivações apresentadas por Filinto Lima.

Mudar de escola é um direito dos docentes, mas que, segundo os diretores escolares, pode perturbar a escolaridade dos alunos, se as saídas forem em massa, sobretudo nas escolas do Interior.

“A continuidade pedagógica, sobretudo ao nível do 1.º ciclo, é aconselhável. É aconselhável que o aluno tenha o professor do 1.º ao 4.º ano”, aponta Filinto Lima.

O presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas acredita que os agrupamentos não ficarão com vagas por preencher, pois haverá docentes contratados a concorrer, sem comprometer o início do ano letivo.

O concurso interno exige a cada agrupamento uma reorganização do ano letivo e aos professores um período de adaptação à nova escola.