Vermelho, verde, preto e branco: são as cores que regem estes estudantes há 25 dias. Montaram tendas, trouxeram os animais de companhia e passam aqui as noites e os dias. Querem uma tomada de posição da reitoria em relação à palestina e que a universidade corte todas as ligações de colaboração com Israel.
"Temos de, obrigatoriamente, forçar Israel parar com o que se está a passar. Se temos relações com Israel e as mantemos estamos implicitamente a aceitar o que se está a passar lá", diz o estudante André Sá.
"Quase todas as instituições Israelitas são cúmplices do genocídio, pouca gente em Israel, tirando população civil, pode ser considerada inocente", acrescenta outro estudante, Miguel Cardoso.
Os estudantes pedem ainda a retirada da bandeira de Israel da faculdade de medicina.
"A universidade tem ligações a Israel, também ao ministério de Saúde Israelita, também ao Technion que é um instituto politécnico em Israel que é responsável pelo genocídio em Gaza. Estas ligações são inaceitáveis e a presença desta bandeira é um insulto para todas as vítimas e para todos os estudantes da universidade",
Contactada pela SIC, a reitoria remeteu qualquer tomada de posição para depois do conselho geral da universidade. Este protesto deverá continuar até ao início da próxima semana, mas os estudantes prometem continuar com outros.
"O que se passa na Palestina começou há mais de sete décadas, o que se está a passar agora desde outubro não é propriamente novo. O ataque do Hamas está a ser usado como uma espécie de pretexto ou desculpa", explica André Sá.
"É impossível de ignorar que mais de 40 mil pessoas morreram em Gaza nos últimos meses e é impossível nós ficarmos parados", afirma Miguel Cardoso.
Este protesto de estudantes universitários também decorre em Coimbra e já aconteceu no Porto e em Lisboa.