Os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) cumprem esta terça-feira mais um dia de greve por aumentos salariais de, no mínimo, 80 euros e uma atualização do subsídio de refeição para 9,60 euros.
A Transportes Sul do Tejo, com cerca de 900 trabalhadores, opera na zona 3 da Carris Metropolitana de Lisboa, que abrange os concelhos de Almada, Seixal e Sesimbra, no distrito de Setúbal.
Devido à paralisação, são esperadas perturbações na circulação de autocarros em Almada, no Seixal e em Sesimbra.
Sara Gligó, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) explica que neste momento "não temos negociação".
"A empresa pôs em cima da mesa" uma proposta "melhorada que os trabalhadores consideraram insuficiente", defende.
Segundo revelou, esta terça-feira, à agência Lusa há vários meses que os trabalhadores tentam negociar com a administração da TST , que não se aproxima da proposta dos sindicatos.
"A empresa considera que os valores que nos apresentou na sua última proposta são aqueles que têm condições para cumprir", disse Sara Gligó, adiantando que, se entretanto não houver qualquer evolução por parte da administração da TST, haverá mais dois dias greve, em 05 e 25 de julho.
De acordo com a sindicalista, a empresa manifestou disponibilidade para aplicar 5,89% de aumento em 2024, com um mínimo de aumento de 60 euros, e um aumento do subsídio de refeição para 7,30 euros, valores que continuam aquém das revindicações dos trabalhadores.
A empresa terá ainda manifestado disponibilidade para igualar em 31 de dezembro os salários dos trabalhadores da TST aos ordenados praticados pela empresa Alsa Todi (que opera nos concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal), para que os trabalhadores da península de Setúbal fiquem com os salários nivelados.
"Essa proposta foi apresentada aos trabalhadores e nos três plenários que fizemos ela foi rejeitada", refere Sara Gligó
O membro da Fectrans conta ainda que estão "mandatados para marcar mais greves, temos uma nova marcada para dia 4 de julho e outra 25".
"Contudo, entendemos que durante esta semana" vamos fazer "um plenário com os trabalhadores para reavaliar as condições para a continuação da luta e fazer um contacto com a administração para ultrapassar alguns problemas."