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Filho de Marcelo na CPI: à distância e em silêncio

Nuno Rebelo de Sousa vai estar presente na Comissão Parlamentar de Inquérito, por videoconferência, no dia 03 de julho, pelas 14 horas, no entanto irá usar o direito ao silêncio.

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O advogado de Nuno Rebelo de Sousa, Rui Patrício, diz que o filho do Presidente da República nunca se recusou a prestar esclarecimentos, mas, por estar a ser a ser investigado, vai usar o direito ao silêncio na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

"Uma vez que está a decorrer um processo-crime em paralelo com a Comissão Parlamentar de Inquérito (…) nós advogados entendemos que o melhor comportamento para a defesa dos interesses do nosso constituinte e em face da lei, é invocar o legítimo direito ao silêncio".

À SIC, o advogado garantiu que apesar de Nuno Rebelo de Sousa já ter informado que vai usar do seu direito ao silêncio, "a Comissão entende que há utilidade e que há necessidade da audição" e por isso, "apesar de ele não ser obrigado a comparecer", irá estar presente por videoconferência.

Assim sendo, Nuno Rebelo de Sousa estará na CPI, por videoconferência, no dia 03 de julho, pelas 14 horas.

Nuno Rebelo de Sousa já tinha sido convocado anteriormente, no entanto, por alegados motivos profissionais não conseguiu viajar até Lisboa.

"Desde o princípio, o Dr. Nuno Rebelo de Sousa disse que, quando pudesse vir a Portugal, quando estivesse em Portugal, poderia estar presente", garantiu o advogado.

"A comissão nunca tinha posto a hipótese da videoconferência, pô-la agora", acrescentou.

Comissão de inquérito constituída em maio

Em causa está a comissão de inquérito, constituída em maio, por iniciativa do Chega, sobre o caso das gémeas luso-brasileiras com atrofia muscular espinhal, tratadas em Portugal. Os trabalhos vão decorrer até 26 de julho, sendo suspensos durante o mês de agosto, e retomam no dia 10 de setembro.

Nuno Rebelo de Sousa está sob a mira das autoridades portuguesas por eventuais pressões junto do Governo e do Palácio de Belém para facilitar o tratamento das gémeas luso-brasileiras no Serviço Nacional de Saúde.

Em 2020, gémeas luso-brasileiras receberam em Portugal o medicamento Zolgensma, um fármaco que tem como objetivo controlar a propagação da atrofia muscular espinal. O tratamento custa quatro milhões de euros.