Celebrado no final do ano passado por ajuste direto entre o INEM e a empresa Avincis, o contrato de seis milhões de euros termina no domingo, mas deverá ser prolongado, apesar de estar sob suspeita.
Em março, o Sindicato dos Pilotos de Aviação Civil (SPAC) denunciou ao Tribunal de Contas suspeitas de ilegalidades na operação dos helicópteros.
A ministra da Saúde anunciou uma auditoria ao INEM para apurar os contornos de um negócio que reduz de quatro para dois os helicópteros à noite.
"Se eu tiver um acidente em Abrantes, não há um helicóptero que me socorra. Não há tentativas para tentar acionar outros meios mais rápidos do que o habitual porque não existem. E sabe porquê? O helicóptero mais próximo está em Évora, demora mais de hora e meia a chegar a Abrantes", explicou Tiago Faria Lopes, do SPAC, em março deste ano.
Segundo o Jornal de Noticias, o dossiê já foi enviado para a tutela, mas não se encontrou até agora alternativa e, segundo fonte do setor, a solução passará pela renovação do contrato com a Avincis.
Em abril, o INEM chegou a anunciar a abertura de um concurso público, mas a autorização não chegou. O recurso à Força Aérea foi equacionado pelo Ministério da Saúde para resolver a ausência de interessados nos concursos, mas o processo não está ainda fechado.