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Sindicato dos Enfermeiros critica recrutamentos da ULS do Tâmega e Sousa após ter dispensado 35 profissionais

Após as críticas do Sindicato dos Enfermeiros, a direção da Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa diz que o "alarme social" não faz sentido.

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O Sindicato dos Enfermeiros acusa a Unidade Local de Saúde do Tâmega e Sousa de abrir um concurso de recrutamento depois de, em abril, ter dispensado 35 profissionais. A direção da ULS diz que a denuncia do sindicato não faz sentido e não passa de um alarme social.

Em abril deste ano, a ULS do Tâmega e Sousa, que compreende os hospitais de Penafiel, de Amarante e centros de saúde, dispensou 35 enfermeiros. Isso já estava previsto, uma vez que os profissionais integravam o plano de contingência de inverno, que prevê um contrato de seis meses, não podendo ser renovado.

Recentemente a mesma Unidade Local de Saúde lançou um concurso de recrutamento que, para o Sindicato dos Enfermeiros, é injusto.

"Tiveram de contratar outros enfermeiros, que estão agora a entrar com melhores condições porque os contratos são de substituição e, como tal, a probabilidade de entrarem nos quadros é mais fácil", afirma Paula Maia, da direção do Sindicato dos Enfermeiros.

O sindicato alerta ainda para a elevada afluência aos hospitais nesta época do ano.

"Com este plano de emergência do Serviço Nacional de Saúde vai haver mais atividade nos blocos e consultas. Não se compreende como é que se dispensa estes profissionais", acrescenta a mesma responsável.

Já a direção da ULS do Tâmega e Sousa não entende as declarações do sindicato já que os 35 profissionais dispensados em abril serão, garantidamente, contratados.

"O Ministério da Saúde já aprovou essas contratações. Nós tivemos o cuidado de solicitar essa aprovação, estando apenas agora no Ministério das Finanças para os efeitos normais. Portanto, não entendo este alarme social que se criou", refere Henrique Capelas, presidente ULS do Tâmega e Sousa.

O que não impede de lançar uma bolsa de recrutamento para suprir as necessidades.

A administração deixa ainda o aviso que tem a mesma preocupação do sindicato de travar os vínculos de trabalho precário.