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Professores em protesto contra regime de mobilidade por doença

Cerca de meia centena de professores protestam em frente ao Ministério da Educação, em Lisboa. Exigem alterações ao regime de Mobilidade por Doença e não compreendem que o governo tenha adiado as negociações para setembro.

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A FENPROF entregou esta terça-feira uma moção ao chefe de gabinete do ministro e aguardam por repostas concretas.

"Este documento da mobilidade por doença que o ministério da educação, não foi este foi o anterior, mas este manteve como um concurso medido em quilómetros e por grupos de recrutamento e hoje estivemos aqui na sequência daquela reunião exigida por nós, de 28 de junho, onde supostamente ia haver um conjuntos de correções cirúrgicas que não houve. Aliás, com as correções cirúrgicas, na prática, o documento ficava pior do que estava", diz José Feliciano da FENPROF.

Sindicatos e ministério da educação já estiveram reunidos por duas vezes, mas a falta de consenso levou ao adiamento das alterações à mobilidade por doença dos professores.

Para o ministro, esta matéria é demasiado complexa e, por isso, aponta novas negociações para setembro. Argumento que os sindicatos dos professores rejeitam e lamentam a falta de vontade política.

Bebiana Sequeira, é professora com uma doença crónica. Veio do Alentejo e junta-se a dezenas de docentes que apelam a uma mudança do regime de Mobilidade por Doença.

"Que não tivesse sujeito a vagas, que não tivesse sujeito a distâncias, que fosse uma situação em que as pessoas tivessem o máximo de conforto, que tivessem as condições que são ditas na constituição", explica Bebiana.

Fernando Gonçalves, outro exemplo, é professor de artes visuais em 2020 perdeu a voz, mas continua a dar aulas. O docente explica que o decreto-lei não o protege e coloca as decisões, sobre casos como este, nas mãos de cada diretor.

A existir alterações nas próximas negociações já não irão abranger o próximo ano letivo que começa em setembro.