Ao fim de 25 anos de casamento, Sandra e Carlos, mergulharam numa compromisso sem retorno que unirá o casal para sempre. Ela com dois rins saudáveis e ele com insuficiência renal crónica. Os rins de Carlos eram incapazes de limpar o sangue sem ajuda externa, o que o obrigava a fazer diálise em casa, oito horas por dia, todos os dias da semana.
Há três anos entrou para a lista de transplantes para receber o órgão de um cadáver mas ainda tem cerca de 200 pessoas à frente. Na esperança que conseguir ajudar o marido, Sandra ofereceu-se para ser "dadora altruísta".
Uma decisão que não foi fácil para o casal, que a foi adiando durante algum tempo, mas Sandra diz que o fez pelo marido e pelos filhos que têm em comum.
Ponderei [as consequências] e sempre me foram dadas a conhecer desde início. Mas se pusermos na balança temos mais coisas positivas do que negativas. Eu fico só com um rim, mas posso continuar a fazer uma vida normal com cuidados. O outro lado é a saúde do Carlos, é a nossa família".
As duas cirurgias foram feitas lado a lado e coordenadas para garantir que, no momento em que o rim saísse de Sandra, seria diretamente transplantado no corpo de Carlos.
O transplante foi considerado um sucesso - Sandra teve alta ao fim de cinco dias e quatro dias depois seria a vez de Carlos.