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Falta de profissionais e equipamentos: procuradora-geral da República denuncia falhas na Justiça

Lucília Gago revela que em março deste ano faltavam 400 profissionais no Ministério Público, o que explica os "mais de 900.000 atos processuais por realizar, nestes incluindo o cumprimento de despachos interlocutórios e finais". 

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A procuradora-geral da República admitiu que o trabalho da Justiça está a ser afetado pelos problemas no setor e denunciou falta de profissionais e equipamentos.

Durante o seu discurso na cerimónia de encerramento de cursos de formação no Centro de Estudos Judiciários, esta sexta-feira, Lucília Gago enumerou os problemas que contribuem para as constates falhas evidenciadas pelo setor da Justiça:

"O tremendo alongamento no tempo das greves de funcionários judiciais, o depauperado estado de muitos dos edifícios, a exiguidade das instalações disponíveis, a insuficiência dos equipamentos e dos meios tecnológicos e informáticos, a diminuta afetação de recursos humanos", tendo especificado que, nesta última matéria, o principal problema prende-se, especificamente, com a falta de oficiais de justiça.

Revelou que uma análise realizada em maio passado permitiu concluir que faltavam 400 profissionais no Ministério Público, o que explica "os mais de 900.000 atos processuais por realizar, nestes incluindo o cumprimento de despachos interlocutórios e finais".