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Guarda agredido por recluso no Estabelecimento Prisional do Linhó

Segundo o dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, "tornou-se muito banal bater em guardas prisionais", lamentou. No sábado, uma guarda do Estabelecimento Prisional de Tires, Cascais, também foi agredida por uma reclusa.

Guarda prisional
Guarda prisional
SIC Notícias

Um guarda prisional foi agredido a soco por um recluso no Estabelecimento Prisional do Linhó, em Sintra, e está a receber tratamento hospitalar, denunciou o sindicato.

Segundo o dirigente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) Frederico Morais, a agressão ocorreu por volta das 14:30, quando o guarda foi recolher o tabuleiro de almoço à cela.

"Mal abriu a porta, o recluso deu-lhe vários socos", relatou o dirigente sindical, referindo que o guarda sofreu ferimentos na cara e está a receber tratamento hospitalar.

Em declarações à Lusa, Frederico Morais refere que já houve 11 agressões a guardas naquele estabelecimento prisional desde o início do ano e 20 em todas as prisões do país.

No sábado, uma guarda do Estabelecimento Prisional de Tires, Cascais, foi agredida por uma reclusa.

"Tornou-se muito banal bater em guardas prisionais", lamentou, sublinhando que a situação no Estabelecimento Prisional do Linhó é particularmente preocupante.

O SNCGP, que representa cerca de 3.600 guardas prisionais, cancelou na quinta-feira a greve na prisão do Linhó, que decorria desde 02 de julho e iria prolongar-se até dia 31, depois de uma reunião com a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais, que se comprometeu a responder aos problemas de segurança nas cadeias.

A adesão à greve na cadeia do Linhó foi quase total no primeiro dia, com a garantia dos serviços mínimos, segundo adiantou então fonte sindical.

Frederico Morais adiantou que, na sequência do incidente ocorrido hoje, está marcado um plenário de trabalhadores na quinta-feira para discutir eventuais ações de luta.

- Com Lusa