O debate do Estado da Nação é encerrado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares, Pedro Duarte. O governante começa por referir que, apesar de ter passado pouco mais de cem dias desde que o Governo assumiu funções, Portugal é já “um país diferente". ”Mudou na crispação, na confiança das instituições na administração pública, na igualdade social, na estagnação,..", enumerou. “No fundo, mudou na esperança.”
O ministro defende que o atual Governo trouxe uma “nova forma de fazer política”, menos coreografada e mais próxima de todos.
“Agora há resposta eficaz aos problemas”, atirou, mencionando os acordos alcançados com várias classes sociais, a decisão do novo aeroporto, os apoios sociais aos idosos e o plano para as migrações, entre as medidas levadas a cabo. “Agora, a palavra dada é mesmo palavra honrada.”
Pedro Duarte afirma, contudo, que apesar daquilo que foi feito nos primeiros cem dias, o Governo “não é de corridas de cem metros, é de maratona”.
“Já mostrámos que viemos para cumprir. Já mostramos que viemos para ficar. E já mostrámos que viemos para mudar”, declara o ministro. “Mas não para o fazer sozinho”, ressalva.
“Temos a esperança, se calhar ingénua, de achar que, quando se trata de cumprir Portugal, há interesse maior do que agendas pessoais ou partidárias”, atira o governante.
O ministro diz que o Executivo não ignora que não tem maioria e manifesta, por isso, “vontade de dialogar”.
Pedro Duarte diz que os portugueses gostam de moderação, de estabilidade e de saber com o que contam. “Não querem eleições antecipadas. Têm-se afastado dos extremos", frisa.
Por isso, apela à “responsabilidade” dos deputados, alegando que o que está em cima da mesa não é “a queda ou sobrevivência do Governo”.
“Não estamos aqui para medir forças, estamos aqui para unir forças. Não há futuro quando se aposta tudo na polarização, no exagero ou no boicote", frisa, pedindo que se encontem “consensos”.
“Estes cem dias foram apenas o início”, conclui, manifestando confiança na longevidade da ação do Executivo.