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"Vamos esquecer que esta reunião existiu": Sindicatos dos Enfermeiros exigem aumento de 400 euros

Os sindicatos dos enfermeiros estão descontentes com a proposta de aumentos salariais, apresentada pelo ministério da Saúde, esta quarta-feira. A subida para o primeiro escalão não terá passado dos 50 euros e por isso exigem, pelo menos, o aumento de 400 euros que foi aplicado às Forças de Segurança e aos Professores.

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O debate do Estado da Nação no Parlamento, esta quarta-feira, fez atrasar o plano do ministério da Saúde. De manhã, a secretária de Estado recebeu o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e depois os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT).

A agenda para a tarde dizia que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, receberia cinco sindicatos dos Enfermeiros às duas da tarde. A entrada no ministério atrasou tal como a chegada da ministra que acabou por nunca se juntar à reunião, liderada pelas secretárias de Estado da Saúde, da Gestão da Saúde e da Administração Pública.

A presidente do Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros (SITEU) diz que as propostas apresentadas pelo Governo "não se aproximam minimamente das expectativas" dos enfermeiros.

Dizem que o desfasamento entre a proposta e o que foi apresentado pelo ministério é enorme. Contavam com o máximo de 400 euros brutos de aumento que foi aplicado aos Professores e às Forças de Segurança, mas segundo os sindicatos, a subida para o primeiro escalão não terá passado dos 50 euros.

"Nós temos a próxima reunião no dia 26, já está agendada. Pedimos que nos fosse enviada a proposta antes porque estamos a fechar o Orçamento de Estado e o valor que vai ser destinado para a saúde em 2025", acrescentou Gorete Pimentel.

Sem atualização salarial há mais de uma década, estes cinco sindicatos dizem que a greve é o último recurso. Acreditam que a negociação ainda é possível e por isso não pensam para já numa paralisação.