País

Ministra da Saúde: "Para este Governo os utentes não são números e estão sempre em 1.º lugar"

Ana Paula Martins falou sobre as listas de espera para cirurgias oncológicas e da crise nas urgências de obstetrícia e ginecologia. Segundo a ministra da Saúde, nos últimos quatro meses foram operados cerca de 20 mil doentes oncológicos, a maioria no Serviço Nacional de Saúde (SNS). Acrescentou ainda que o Governo está "empenhado" em "evitar" o encerramento das urgências que têm provocado inúmeros constrangimentos.

Loading...

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, falou esta quinta-feira ao país sobre a crise no Serviço Nacional de Saúde (SNS). No passado mês de junho foi apresentado pelo Governo o Plano de Emergência para a Saúde com o objetivo de garantir o acesso dos portugueses à saúde.

O programa OncoStop, que prevê a regularização das listas de espera para cirurgia oncológica, é uma das 54 medidas urgentes deste Plano de Emergência e Transformação na Saúde.

Segundo a ministra, a 30 de abril existiam quase 10 mil doentes oncológicos em lista de espera. Quatro meses depois o número de doentes operados ronda os 20 mil, a maioria graças ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).

A ministra sublinhou ainda que foi "conseguido pela primeira vez" eliminar a lista de espera para doentes oncológicos que aguardavam cirurgia acima do tempo recomendado.

"Todos os doentes com cancro acima do tempo máximo de resposta garantida estão operados ou agendados. O OncoStop é exemplo das restantes 53 medidas de emergência no terreno. Só por má fé ou desconhecimento podem dizer que não existem ou não estão a ser implementadas [medidas de emergência]" destacou Ana Paula Martins.

Linha SNS Grávida é um "exemplo de sucesso"

O Plano de Emergência para a Saúde está assente em cinco eixos estratégicos. Intitulado de "Bebés e Mães em Segurança", o segundo eixo tem como objetivo "criar um ambiente seguro para o nascimento e oferecer suporte consistente às mulheres durante a gravidez".

Uma das medidas urgentes ligadas à saúde materno-infantil passou pela criação de um canal de atendimento direto para a grávida - a linha SNS 24 (SNS GRÁVIDA). A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, fala num verdadeiro "exemplo de sucesso" que foi capaz de atender cerca de 19 mil grávidas nos últimos dois meses.

"Há um ano estas mais de 19 mil mulheres andavam de maternidade em maternidade à procura de uma porta aberta"

"Para este Governo os utentes não são números e estão sempre em 1.º lugar"

O Governo diz estar "empenhado" em "evitar" a rotatividade de encerramentos das urgências de obstetrícia e ginecologia que, nos últimos meses, têm provocado o caos no Serviço Nacional de Saúde (SNS). A ministra da Saúde acredita que no verão do próximo ano vão existir menos problemas nos serviços de obstetrícia.

"Com este Governo as nossas grávidas deixaram de andar a bater à porta das maternidades ou colocadas numa ambulância à procura de uma maternidade aberta".

Ana Paula Martins reconhece também que a crise no Serviço Nacional de Saúde (SNS) não "começou ontem" nem vai "acabar amanhã".