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Ordem dos Médicos quer mudanças na organização

No final da reunião, Carlos Cortes adiantou que foram debatidos uma "série de assuntos", como a criação especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, a contratação de médicos para as Unidades Locais de Saúde e a "situação difícil" nas urgências.

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O bastonário da Ordem dos Médicos defende uma mudança na organização das equipas do serviço de urgência, sobretudo de obstetrícia. No final da reunião com a ministra da Saúde, Carlos Cortes disse que a Ana Paula Martins mostrou-se empenhada em resolver os problemas.

"As equipas mínimas estão definidas. Elas estão publicadas em Diário da República. (...) O que se pretende é haver uma clarificação. Quando essas equipas mínimas não estão completas num serviço de urgência, clarificar quais as que podem ser as funções e intervenções dos médicos que estão nesse serviço de urgência", explicou Carlos Cortes.

O bastonário disse, ainda, que o objetivo é proteger os médicos e os doentes.

No final da reunião, Carlos Cortes adiantou que foram debatidos uma "série de assuntos", como a criação especialidade de Medicina de Urgência e Emergência, a contratação de médicos para as Unidades Locais de Saúde e a "situação difícil" nas urgências.

"Isso tudo foi falado (...) a ministra mostrou-se preocupada com a situação, reconheceu e agradeceu a disponibilidade da Ordem dos Médicos (OM)", contou.

Questionado sobre as propostas do presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Xavier Barreto, de mexer na equipa tipo da Urgência de Ginecologia-Obstetrícia e Bloco de Partos e dar mais autonomia aos enfermeiros especialistas, proposta também feita pela Ordem dos Enfermeiros, o bastonário disse que "todas as matérias estão em cima da mesa".

"Tudo o que for para ajudar a resolver este momento difícil que o SNS atravessa está tudo em cima da mesa para ser analisado".

Mas há três aspetos que para a ordem "são absolutamente essenciais", nomeadamente a manutenção dos critérios de qualidade na prestação dos cuidados de saúde, a segurança dos doentes, neste caso das grávidas, e a liderança médica, salientou.

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- Com Lusa