Mais de 50 concelhos do país estão em risco muito elevado de incêndio devido ao calor, vento e à baixa humidade. Em Bragança, há um fogo ativo, que está a consumir área protegida do Parque Natural de Montesinho.
Uma das frentes de fogo ardia controladamente numa área já delimitada pelas máquinas de rasto e foi, ao final da manhã, dominada.
Resta, no entanto, ainda outra frente. “Tem pequenas dimensões, mas é de muito complexo ataque”, explica João Noel Afonso, comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil das Terras de Trás-os-Montes.
“Está a ser feito o combate, nesta frente mais difícil, com meios apeados e com o apoio aéreo”, acrescenta.
Durante a manhã, foram seis os meios aéreos mobilizados, para tentar controlar as chamas.
O fogo começou no último sábado. Foi dominado, mas reacendeu este domingo com violência.
“Associado ao vento que se fez sentir, fez com que o incêndio progredisse muito rapidamente e pusesse em perigo duas aldeias”, esclareceu Carlos Martins, comandante dos Bombeiros Voluntários de Bragança.
“Os meios foram afetos à defesa perimétrica das aldeias, conseguimos desviar a frente de fogo”, adiantou.
O incêndio já queimou mais de 400 hectares de mato em área protegida do Parque Natural de Montesinho, em Bragança.
No mesmo distrito, em Vimioso, outro incêndio chegou a entrar numa aldeia, durante o fim-de-semana.
“Contudo, não há danos significativos a registar. Não há feridos a registar. Mas foi um combate com condições mito adversas”, notou João Noel Afonso.
O fogo de Vimioso está em resolução. Continuam quase 300 bombeiros no terreno, apoiados por oito meios aéreos, para garantir que os reacendimentos que surjam não se alastram.
O dia vai ser de temperaturas altas, algum vento e baixa humidade, o que levou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera a colocar mais de 50 concelhos do país em risco muito elevado de incêndio.