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Ventos fortes dificultam o combate às chamas na Madeira durante a noite

Miguel Albuquerque já está na Madeira e negou ter recusado a ajuda do Governo para combater o incêndio na Madeira. Os reforços chegam por volta da 1h da manhã. A situação permanece descontrolada devido ao vento forte. No local estão mais de 100 operacionais acompanhados por mais de 30 viaturas que combatem três frentes ativas.

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A correspondente da SIC na Madeira, Marta Caires, relata o cenário de terror que se vive na região da Ribeira Brava, na Madeira. Várias casas podem já ter sido atingidas pelas chamas ao mesmo tempo que o calor e o vento não dão tréguas. O fogo está perto da fronteira com São Vicente.

Várias pessoas terão sido obrigadas abandonar as suas casas devido à proximidade das chamas. Segundo a jornalista da SIC no local, ouvem-se gritos e pessoas a chorar - a situação é "dramática". Cerca de 40 pessoas foram enviadas para o pavilhão desportivo da Ribeira Brava, avançou o Presidente da Câmara à SIC.

"Há chamas a sair por detrás de casas. A noite não promete nada de bom aqui."

Neste momento, mais de 100 operacionais de todas as corporações de bombeiros da Madeira, apoiados por 37 veículos, estão a combater as três frentes ativas do incêndio que deflagrou na quarta-feira.

O fogo ainda não chegou à região do Funchal, mantém-se pelas zonas da Ribeira Brava e de Câmara de Lobos.

Miguel Albuquerque já chegou à Madeira

O Presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, interrompeu as suas férias em Porto Santo e voo até à Madeira para acompanhar a situação dramática que se vive região. Negou ter recursado a ajuda do Governo e disse que tinha combinado tudo com o ministro dos Negócios Estrangeiros.

Não sei quem andou a propagar essa notícia de que eu não queria os meios. Combinei ontem com o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, a vinda dos meios que chegam à 1h da manhã".

Questionado sobre a mensagem que quer passar aos madeirenses nesta período difícil, o presidente do Governo Regional frisou que não é a primeira vez que enfrenta um um incêndio na sua carreira política.

"A mensagem é: não é o primeiro incendio que eu enfrento. Já enfrentei 24 em toda a minha vida política. A forma de aturamos é com a cabeça fria e determinação e fazer as coisas de forma correta. A forma correta é conter a expansão do fogo para zonas urbanas."

Sobre a frente política que tem criticado o seu trabalho, Miguel Albuquerque disse apenas que o importante é "enfrentar o incêndio".

Governo envia reforços para a combater os incêndios

De acordo com o ministério da Administração Interna foram enviados pelo Governo 76 operacionais para ajudar no combate ao incêndio na Madeira.

São 25 elementos da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção civil, assistidos por 21 bombeiros da Força Especial e 15 voluntários.

Foram ainda enviados 15 militares da GNR que se juntam aos 11 elementos que já estão na ilha.

Miguel Albuquerque disse aos jornalistas que estes reforços devem chegar por volta da 1h da manhã à ilha da Madeira.

Frente política é outra preocupação em cima da mesa

O Governo Regional da Madeira decidiu aceitar a ajuda do Governo - duas horas e meia depois. Paulo Cafôfo, líder do PS Madeira, critica a demora em aceitar a ajuda da República e acusa o Governo Regional de incompetência e negligência no combate aos incêndios.

Numa publicação do PS Madeira na rede social X (antigo Twitter), o partido de Paulo Cafôfô disse que a recusa do apoio do Governo por parte de Miguel Albuquerque era "incompreensível" e "irresponsável".

[Última atualização à 00:51]

Com Lusa