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"Não fujo de casa. Se morrer, morri": mesmo com as chamas à porta nem todos querem abandonar as suas casas

O incêndio na Madeira continua com três frentes. Nas últimas horas o fogo aproximou-se de casas na Ribeira Brava. Pelo menos 160 pessoas foram retiradas de casa e realojadas. Até ao final deste domingo não havia registo de vítimas ou casas atingidas pelas chamas.

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A evacuação da pequena localidade de Sítio da Eira da Moura na Serra de Água é feita a contrarrelógio com o fogo a poucos metros. O desafio é mesmo convencer os resistentes a abandonar as suas casas.

É difícil o transporte para o pavilhão da Ribeira Brava mas pela hora de almoço a Junta de Freguesia lá conseguiu. Primeiro os mais velhos ou com mobilidade reduzida e só depois os mais jovens.

O Presidente Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, disse esta tarde aos jornalistas que pelo menos 160 pessoas precisaram ser realojadas por precaução. Não há registo de vítimas ou habitações atingidas pelas chamas, apenas casas devolutas. Durante a madrugada, uma localidade chegou mesmo a ficar sem luz.

O dia começou com temperaturas mais baixas, o que ajudou no combate ao incêndio. Mas durante o dia, o calor, vento e a baixa humidade relativa voltaram a dar força ao fogo.

O incêndio dura desde quarta-feira em Câmara de Lobos e Ribeira Brava.