O corpo do militar da GNR desaparecido foi, este sábado à tarde, encontrado. Horas antes, a Polícia Marítima do Norte revelou que o impacto do helicóptero que caiu ao Douro na sexta-feira, com seis pessoas a bordo, foi de "forte violência" e causou a “destruição total da aeronave”.
"Face àquilo que já encontramos e às imagens que temos registadas, tudo indica que foi de forte violência e causou a destruição total da aeronave", afirma Rui Silva Lampreia.
O comandante falava aos jornalistas após a retirada do rio de parte dos destroços do helicóptero que na sexta-feira caiu ao Douro, em Samodães, concelho de Lamego, com seis pessoas a bordo, um piloto e cinco militares da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPC) que regressavam de um fogo no concelho de Baião.
"Face ao estado em que se encontra a aeronave, a violência do impacto foi bastante forte e causou praticamente a destruição, está quase irreconhecível diria eu", acrescenta ainda Silva Lampreia.
As causas do acidente ainda não são conhecidas.
De acordo com o responsável, os destroços do helicóptero vão ser analisados em Viseu, onde está localizado o serviço nacional de investigação de acidentes com aeronaves, para “tentar perceber a causa” de o aparelho se ter despenhado.
O piloto da aeronave, que foi resgatado com vida, será ouvido este sábado.
Corpo do último militar foi encontrado
O corpo do último militar da GNR foi este sábado à tarde encontrado. Horas antes, tinham sido recolhidos “alguns pertences pessoais”, mas o corpo ainda não tinha sido detetado.
Nuno Melo manifesta “profundo pesar" às famílias das vítimas
O ministro da Defesa, Nuno Melo, esteve este sábado no posto de comando das operações após a queda do helicóptero, no rio Douro. Agradeceu o empenho nas operações e deixou uma palavra aos familiares e colegas das vítimas.
“Quero manifestar um profundo pesar às famílias das vítimas, toda a minha solidariedade à Guarda Nacional Republicana e manifestar o meu apresso pelo envolvimento tão empenhado de mais de 200 operacionais, coordenados pela Polícia Marítima para que se consiga encontrar o corpo do último militar desaparecido”, afirma.
Nas declarações aos jornalistas, no posto de comando das operações, no cais de Lamego, Nuno Melo agradece ainda ao presidente da Câmara de Lamego pelo “empenho e ajuda”.
Revelada identidade de duas vítimas mortais da queda do helicóptero no Douro
Duas das vítimas mortais da queda do helicóptero são militares da GNR. Daniel Pereira, de 35 anos, trabalhava como instrutor de ginásio em Lamego e Pedro Santos, de 45, era treinador de futebol.
Mais conhecido por Roncha, Pedro Santos, além de militar da GNR, era treinador de futebol em Lamego. Foi também durante vários anos jogador de futebol.
O clube onde trabalhava publicou uma nota de pesar no site e na rede social Facebook. Destaca a dedicação e o compromisso de Pedro Santos e anuncia que, em sinal de respeito e luto, todas as atividades desportivas estão canceladas até nova informação.
Os amigos realçam a paixão pelo desporto e descrevem-no como um "profissional 5 estrelas" .
Casado e com dois filhos menores perdeu a vida aos 45 anos, esta sexta-feira, devido à queda do helicóptero de combate a incêndios, que o transportava na viagem de regresso, após ter sido chamado a ajudar no combate a um incêndio no concelho de Baião.
Daniel Pereira é outro dos militares da GNR que morreu no mesmo acidente. A informação foi avançada pelo ginásio em que Daniel Pereira trabalhava como instrutor.
Nos comentários à publicação na rede social, muitos lamentam a tragédia, destacam o profissionalismo de Daniel e deixam mensagens de apoio à família. Casado e com dois filhos menores, Daniel Pereira morre com 35 anos
Outros dois militares, um com 36 anos e outro com 34 faleceram também devido à queda do mesmo helicóptero. O corpo do quinto elemento foi este sábado à tarde encontrado.
O piloto do helicóptero foi resgatado com vida.
Os cinco ocupantes do helicóptero são naturais de Lamego, Moimenta da Beira e Castro Daire, no distrito de Viseu.
Segundo fonte da GNR, os familiares dos ocupantes estão todos avisados e a ser acompanhados por psicólogos das diferentes autoridades militares e civis.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF), organismo do Estado Português, tem uma equipa no terreno e que está a investigar o acidente.
O helicóptero acidentado, do modelo AS350 - Écureuil, é operado pela empresa HTA Helicópteros, sediada em Loulé, Algarve.