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"Colmatar o subfinanciamento das universidades não pode ser à conta da carteira dos estudantes e das suas famílias"

O presidente da Associação Académica da Universidade de Lisboa deixa claro que se opõe ao aumento das propinas de licenciatura porque "devemos caminhar para reduzir as barreiras no acesso ao ensino superior".

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As associações académicas do Minho a Coimbra têm manifestado enorme preocupação para a possibilidade do descongelamento das propinas, a que se junta a Associação Académica da Universidade de Lisboa pela voz do presidente, Diogo Ferreira Leite.

Ainda não se conhece a proposta concreta do Governo para o Orçamento do Estado para 2025 e a medida pode não avançar.

"A minha esperança é que essa medida não avance devido às reações muito negativas que foram transversais não só a vários representantes do ensino superior, mas acima de tudo, pelos representantes dos estudantes, das várias universidades do nosso país".

Diogo Ferreira Leite salienta estar "plenamente conscientes da do estado de total subfinanciamento que a maior parte das universidades portuguesas atravessa, mas colmatar o subfinanciamento das instituições de ensino superior em Portugal não pode ser à conta do flagelo da carteira dos estudantes e das suas famílias".

"Tem feito um caminho ao longo de 3 legislaturas no sentido de reduzir algumas das barreiras no acesso ao ensino superior, como foi o caso da redução das propinas. (...) se este é um rumo que este Governo pretende seguir, então a nossa posição é muito clara, que nós somos opostos ao aumento das propinas de licenciatura e devemos caminhar para reduzir as barreiras no acesso ao ensino superior e não atenuá-las".