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Governo e guardas prisionais chegam a acordo sobre modelo de avaliação e recrutamento

O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais, considera tratar-se de um "acordo histórico", sublinhando que era uma reivindicação do sindicato com três anos e que agora se concretizou.

Governo e guardas prisionais chegam a acordo sobre modelo de avaliação e recrutamento
PATRICIA DE MELO MOREIRA

O Governo e os guardas prisionais já chegaram a um acordo para o novo modelo de avaliação e de recrutamento, anunciou a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

De acordo a ministra da tutela, os guardas prisionais passam a transitar de nível remuneratório a cada três anos, à semelhança do que acontece na Polícia de Segurança Pública, ao invés dos cinco anos a que eram sujeitos.

Para além disso, Rita Alarcão Júdice anunciou ainda a contratação de 225 novos profissionais.

A ministra entende que "há muitos problemas na Justiça", mas garante que o Governo está a trabalhar para "resolvê-los, um a um".

"Começamos pelas pessoas, que são sempre a parte mais importante", garante.

O presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), Frederico Morais, em declarações à Lusa, considerou tratar-se de um "acordo histórico", sublinhando que era uma reivindicação do sindicato com três anos e que agora se concretizou.

O presidente do SNCGP mostrou-se confiante na promessa ministerial de que haverá mais investimento no sistema penitenciário, entendendo que a realização da auditoria à segurança das cadeias mandada efetuar pela ministra Rita Alarcão Júdice é um sinal disso.

Frederico Morais revelou que o caso da fuga de cinco reclusos da cadeia de Vale de Judeus foi "obviamente" abordado na reunião de hoje, incluindo algumas críticas que a ministra fez na passada terça-feira, tendo o dirigente sindical reiterado aos jornalistas que o sindicato nada tem a apontar aos guardas que estavam de serviço no dia em que ocorreu a fuga daquela prisão em Alcoentre, na Azambuja.

Com Lusa