País

Regresso às aulas no Norte é com horários preenchidos na maioria das escolas

O cenário contrasta com a situação no Sul do país. Na Grande Lisboa, no Alentejo e no Algarve, mais de 160 escolas com alunos sem professores.

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O ano letivo arrancou, esta quinta-feira, para mais de um 1,3 milhões de alunos. No Grande Porto, as aulas começaram em pleno, com os horários preenchidos na maioria das escolas. Mas na Escola Básica de Canelas, em Gaia, não houve aulas devido a uma greve dos funcionários.

Escola sem alunos neste regresso às aulas. Os funcionários fizeram greve e apanharam todos de surpresa. Uma encarregada de educação conta que os alunos estavam à porta da escola às 7h00, para ter aulas. “Sem qualquer tipo de aviso,os miúdos chegaram e bateram com o nariz na porta”, diz.

“Houve a decisão de fazerem esta greve. Eu próprio não estava avisado disso, embora houvesse um pré-aviso [de greve]”, afirma Artur Vieira, diretor da Escola Básica de Canelas, que diz que, num estabelecimento com 25 funcionários, ao faltarem nove já fica em segurança o funcionamento normal da escola.

O contraste com o Sul do país

A situação contrasta com o arranque do ano letivo na maior parte das escolas do Grande Porto, onde tudo decorreu com normalidade. Sem greves e com os horários todos preenchidos.

Um cenário muito diferente do verificado no resto do país, onde há mais demil horários por preencher. “Sobretudo em Lisboa, mas também no Alentejo e no Algarve. Ou seja, em 169 escolas do Sul”, detalha Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas.

Depois de um período conturbado para as escolas, pais, professores e alunos esperam que este setembro seja de recomeços positivos.

“Houve um acordo histórico entre o Ministério da Educação e os sindicatos, a favor dos professores”, constata Filinto Lima, sublinhando, contudo, que agora é preciso “arrepiar caminho”.

“A carreira docente esteve abandonada do foco dos nossos políticos e, portanto, temos de criar mais medidas para atrair jovens para a carreira”, expressa.

Desejos para um ano letivo que começa agora para mais de 1,3 milhões de alunos.