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Professor acusado de 87 crimes de abuso sexual conseguiu colocação e vai voltar à escola

Um professor que está a ser julgado por dezenas de crimes de abuso sexual de menores vai voltar à escola em outubro. A direção do agrupamento onde foi colocado e o Ministério da Educação garantem que não irá dar aulas.

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A comunidade escolar está tranquila em relação à notícia que dá conta do regresso ao trabalho do professor acusado de abuso sexual. O professor de religião e moral está de férias até 23 de outubro, depois disso volta à escola. Neste caso, à EB 2, 3 de Rates onde ficou colocado no concurso de mobilidade interna

A Direção do agrupamento já garantiu aos pais que o docente não irá dar aulas, mas admitiu à SIC que ainda não recebeu qualquer indicação nesse sentido por parte do Ministério da Educação. Ao Jornal de Notícias, no entanto, a tutela explicou que, legalmente, não pode prolongar mais a suspensão preventiva a que o professor estava sujeito, mas assegurou que não irá dar aulas.

O professor de religião e moral foi suspenso em 2019 quando o diretor do Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco, em Famalicão, avançou com um processo disciplinar, depois de serem conhecidas várias denúncias de abusos sexuais.

O processo seguiu, entretanto, para tribunal. O professor - que se declarou inocente - está a ser julgado por 87 crimes de abuso sexual de 15 alunas com idades entre os 14 e os 17 anos. A sentença deverá ser conhecida dia 4 de outubro, antes ainda data agendada para o regresso do docente à escola.