Apesar do regresso às aulas, a tensão ainda é palpável, com muitos pais a chegar cedo para garantir a segurança dos filhos. A Escola Básica 1,2 e 3 da Azambuja retomou as atividades letivas com a presença reforçada de militares da GNR, enquanto uma equipa de psicólogos da Câmara Municipal foi destacada para apoiar a comunidade escolar.
O aluno, agressor de 12 anos e filho de uma professora de outra escola, é descrito como pacato por quem o conhece. Na terça-feira, atacou colegas de forma indiscriminada após regressar à escola, depois do almoço, armado com uma faca e com um colete à prova de balas.
Quando o alerta foi dado pelas 14:30 horas, já o rapaz tinha ferido seis alunos, entre os 12 e os 14 anos, entre eles cinco raparigas e um rapaz. As motivações para o ato ainda são desconhecidas. Das seis vítimas, três já receberam alta, e as outras continuam sob cuidados médicos, mas fora de perigo.
O agressor já terá sido alvo de perícia psicológica e está num hospital sob custódia da Polícia Judiciária que o levará, assim que tiver alta, ao Ministério Público no Tribunal de Família e Menores. Devido à sua idade, não responderá criminalmente, mas poderá enfrentar um inquérito tutelar educativo por estarem em causa factos qualificados como crime e praticados por menores entre os 12 e os 16 anos.