Centenas de médicos e enfermeiros saíram à rua, esta terça-feira, para exigir melhor condições laborais. A estes profissionais de saúde juntaram-se também utentes que se mostram solidários e dizem compreender a luta, apesar dos constrangimentos que causa.
A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) diz que para a situação não se agravar, os profissionais têm de ser ouvidos.
"Além da grelha salarial temos o outro grande eixo que tem a ver com conceções de trabalho. A reposição das nossas 35 horas de trabalho, a reintegração dos nossos médicos internos, a reposição do nosso tempo de férias que nos tiraram na altura da Troika e nunca mais foi reposto", afirmou Joana Bordalo e Sá da FNAM.
Para Bloco de Esquerda, PCP e Livre, que estiveram na manifestação, desvalorizar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) faz parte da estratégia do Governo para privatizar o acesso à saúde.
Médicos e enfermeiros estão em greve até à meia-noite de quarta-feira. No primeiro dia, os blocos operatórios e o serviço de medicina interna foram os mais afetados. Milhares de consultas e cirurgias foram canceladas.