A Escola Básica de São Teotónio, em Odemira, está encerrada, esta quinta-feira, devido ao protesto que junta professores e funcionários, que reivindicam melhores condições salariais e a contratação de mais profissionais.
O protesto, organizado pelo Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP) e levado a cabo ao longo das primeiras horas da manhã, levou ao encerramento da escola, pelo que os alunos estão impedidos de entrar no estabelecimento de ensino.
Para além do corpo docente, os funcionários também aderiram ao protesto, o que impede o normal funcionamento da cantina e, consequentemente, a abertura da escola.
Tanto professores como os funcionários reivindicam melhores condições salariais e a contratação de mais profissionais.
“Não se fica calado”
A mediadora do agrupamento revela à SIC que a escola está sem psicólogo, numa altura em que "há muitas crianças que precisam de ser acompanhadas". Defende que o estabelecimento de ensino de Odemira "luta pelos seus direitos" e que essa é uma mensagem que os profissionais pretendem passar aos alunos.
"É importante mostrar que não se fica calado e que lutamos por alguma coisa. Quero acreditar que é uma fonte de inspiração para eles", declara.
André Pestana, coordenador do STOP, que marca presença na ação reivindicativa, aponta que, na Escola Básica de São Teotónio, há falta de assistentes operacionais, assistentes técnicos, técnicos superiores e professores.
Denuncia ainda falta de um docente de português de língua não materna, num estabelecimento de ensino onde existe uma grande comunidade de alunos estrangeiros.
Ainda esta quinta-feira haverá um plenário com todos os profissionais da escola onde serão discutidos todos os assuntos considerados urgentes.
O governo anunciou recentemente um apoio à deslocação para professores de escolas carenciadas, que são 37 só no Alentejo. O movimento acredita que a medida pode e deve ser alargada e está disponível para negociar com o Ministério da Educação.