Quando era diretor do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, o desafio era concluir a investigação. Oito anos depois, Amadeu Guerra volta a dar de caras com a Operação Marquês. Mas agora resta-lhe esperar pela decisão do julgamento.
É talvez a grande prova de fogo do mandato, acreditando que José Sócrates começa e acaba de ser julgado nos próximos seis anos. Três dias depois de tomar posse, Amadeu Guerra vai também ver o Ministério Público ser posto à prova com o julgamento do processo BES.
Nos próximos seis anos também vai ter de dar a cara pela, há muito aguardada, acusação do processo EDP e pelo desfecho da Operação Influencer.
Será no mandato do novo PGR que o antigo primeiro-ministro, António Costa, vai saber se as suspeitas são formalmente afastadas. De Lucília Gago, Amadeu Guerra herda também uma série de inspeções dentro de portas. Foram aprovadas este mês pelo Conselho Superior do Ministério Público e vão avaliar a demora dos processos a nível interno.
Amadeu Guerra toma posse a 12 de outubro, cerca de três meses antes de fazer 70 anos. O Governo entende que a idade não limita o cargo apesar do entendimento contrário do antigo Procurador-Geral, Cunha Rodrigues.