Os estudantes universitários passam a ter acesso a consultas de psicologia e nutrição. O acordo assinado com as duas ordens prevê um total de 150 consultas. O ministro da Educação admite que possam ser alargadas a outros níveis de ensino.
Todas as instituições de ensino superior pública e privadas aderiram à medida do Governo, que vem ao encontro de uma preocupação crescente com a saúde mental dos jovens.
Os estudantes universitários têm à sua disposição um total de 12 cheques para consultas de psicologia, se sofrerem de ansiedade, depressão, questões relacionais ou de vocação. De fora ficam casos com sintomas que se prolongam por mais de ano e meio, dependências, perturbações psicóticas ou necessidades educativas especiais.
"Esta medida é complementar a um processo de investimento que deve haver a montante e no Serviço Nacional de Saúde", refere Tiago Pereira, da direção da Ordem dos Psicólogos.
Na área da psicologia estarão disponíveis 1.000 consultas e os universitários podem escolher entre os cerca de 300 psicólogos inscritos.
O Governo estabeleceu também um protocolo com a Ordem dos Nutricionistas:50 consultas e cerca de 200 profissionais.
Os pedidos podem ser feitos através da nova página oficial do Governo e ao fim do ano o programa será avaliado.
"Se for um caso de sucesso, é algo em que já pensámos: poderá ser alargado a outros níveis de ensino", afirma Fernando Alexandre, ministro da Educação.
A gestão é feita através de uma plataforma à qual as instituições de ensino têm acesso. Os cheques serão atribuídos em função do número de alunos inscritos de cada instituição.