A Câmara Municipal do Porto decidiu limitar a circulação de veículos turísticos no centro histórico, incluindo os tuk tuk. Os operadores queixam-se de que não podem trabalhar.
Uma manhã de chuva poderia afastar os turistas, mas não foi isso que marcou este primeiro dia de outubro. Entrou em vigor um projeto-piloto da Câmara Municipal do Porto, que limita a circulação de veículos de animação turística no centro histórico.
Quem tentou operar o tuk tuk acabou multado.
“É injusto, discriminatório. Estão a prejudicar uma importante atividade que traz benefícios à cidade, que é legítima e realizada por pessoas com formação”, queixa-se Romeu Oliveira, empresário de veículos turísticos, que teve de pagar uma multa de 60 euros, a que se somam os prejuízos de um dia sem trabalho.
Concurso impugnado e atribuição de licenças suspensa
A autarquia definiu uma zona de restrição com três locais de estacionamento e nove de largada de passageiros. Só as empresas autorizadas podem circular no centro histórico.
"Nós temos de garantir que o espaço público que é libertado pelo metro não é apropriado por este tipo de operação, que não é vital para o funcionamento das atividades turísticas”, defendeu o autarca do Porto, Rui Moreira.
O concurso para obter as licenças de tuk tuk acabou por ser impugnado, o que suspendeu a atribuição de mais autorizações.
"Ninguém pode operar, ou seja, nenhum tuk tuk pode operar”, frisa o presidente da Câmara do Porto. “Esta ação o que fez foi, de facto, suspender a nova operação, tal como estava pré-determinado pela Câmara”, insistiu Rui Moreira, que acredita que o tribunal dará razão à autarquia.
A Polícia Municipal vai continuar a fiscalizar, com a ajuda de câmaras espalhadas pela cidade, a atividade dos tuk tuk no Porto.