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Triplo homicídio em Lisboa: principal suspeito sofria de perturbação psicótica e era acompanhado no Júlio de Matos

Os três suspeitos do triplo homicídio ocorrido em Lisboa continuam em fuga. Fernando Silva, o alegado atirador, estava a ser acompanhado no Hospital Júlio de Matos devido a uma perturbação psicótica e tinha prescrição para tomar medicação antipsicótica, além de um histórico de surtos.

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Dois dias após o crime, ainda existem muitas pontas soltas em relação ao triplo homicídio, que ocorreu em plena luz do dia na zona da Penha de França, em Lisboa. A SIC apurou que pode estar em causa uma disputa pelo controlo do tráfico de droga na zona. Há suspeitas de que tanto o barbeiro, Carlos Pina, quanto o homicida controlavam pontos de venda de droga no Bairro do Vale.

Na tarde de quarta-feira, Fernando Silva, de 33 anos, foi até à barbearia de Carlos Pina. A conversa terminou com o homicídio de três pessoas. Após os disparos, o suspeito fugiu com a ajuda de dois familiares, o pai e o irmão, em direção à estação de Santa Apolónia, onde desapareceram. A brigada de homicídios da Polícia Judiciária montou uma operação de busca, mas até agora sem sucesso.

De acordo com o semanário Expresso, Fernando Silva vivia com os familiares num prédio e era acompanhado no Hospital Júlio de Matos devido a uma perturbação psicótica. O suspeito tinha um longo histórico criminal relacionado com o tráfico de droga, em conjunto com o pai.

Carlos Pina, a vítima, também já tinha sido detido por tráfico de estupefacientes e posse de arma proibida, no ano passado.

No caso do casal assassinado à porta da barbearia, ainda há dúvidas sobre o que os levou ao local. Bruno Neto, que concorreu à Assembleia Municipal de Alenquer nas listas do partido Chega há três anos, estaria no bairro apenas para lavar o táxi. A sua mulher, Fernanda Soares, de 34 anos, estava grávida. O casal tinha uma filha em comum.

A SIC também apurou que foi ordenado um reforço de patrulhamento no Bairro do Vale, considerado uma zona sensível, devido à revolta da população e às ameaças de acerto de contas após o crime.