País

Novo plano para os media: Governo "teve coragem de abordar uma área tão sensível"

Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, elogiou ainda a decisão do Executivo liderado por Luís Montenegro de terminar com a publicidade na RTP até 2027.

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O CEO do grupo Impresa, Francisco Pedro Balsemão, saudou o plano do Governo para os meios de comunicação social, que, entre outras medidas, irá acabar com a publicidade na RTP.

Em declarações aos jornalistas durante a conferência "O futuro dos media", que decorre em Lisboa esta terça-feira, Francisco Pedro Balsemão, CEO do Grupo Impresa, considerou que é "justo" que "acabe a publicidade totalmente em todos os meios da RTP."

Das 30 medidas que integram o Plano de Ação para a Comunicação Social, que será apresentado esta terça-feira, destacou "aquelas que procuram incentivar a procura do lado dos consumidores."

"É, de facto, importante motivar essa procura, promover a procura por aquilo que é o jornalismo de qualidade" através da, acrescentou, "promoção de assinaturas digitais", "combate à desinformação" e "promoção da literacia mediática nas escolas."

Sobre o último ponto anunciou que o Grupo Imprensa irá lançar ainda esta terça-feira um novo projeto "junto das escolas portuguesas."

Alertou ainda para a necessidade de combater a "concorrência desleal no que diz respeito à RTP, mas também às plataformas digitais":

"Estamos aqui a alertar para a falta de harmonização de condições entre os órgãos de comunicação social portugueses que sofrem com o facto de os seus conteúdos estarem a ser usados indevidamente por parte de plataformas digitais".

Novamente sobre o plano do Governo para a comunicação social, o Francisco Pedro Balsemão referiu que este é "o primeiro Executivo" de que tem memória que "teve coragem de abordar uma área tão sensível e importante para o país."

O Governo apresentou o Plano de Ação para a Comunicação Social, prevendo uma nova legislação para o setor e, entre as várias medidas anunciadas, inclui-se a de acabar com a publicidade comercial na RTP em 2027, com uma redução escalonada em três anos.